'Fundo abutre' pede que juiz não suspenda pagamento marcado para segunda-feira

Em carta a Thomas Griesa, NML Capital afirma que adiamento não facilitará negociações

Fonte: Opera Mundi

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Um dia depois de a Argentina ter pedido a suspensão da sentença que exige o pagamento imediato de US$ 1,5 bilhão aos chamados “fundos abutres”, o grupo de investidores NML Capital enviou nesta terça-feira uma carta ao juiz de Nova York Thomas Griesa pedindo que ele não atenda à reivindicação. Assinado pelo advogado Robert Cohen, o texto argumenta que a Argentina já conta com um período de carência de um mês para evitar o “calote técnico”, caso não faça o pagamento agendado para a próxima segunda-feira. E ressalta que um adiamento, ao contrário do que alega o governo Cristina Kirchner, não facilitaria as negociações.


“Se a Argentina está sendo séria em sua proposta de negociar uma solução, não há razões para que as negociações não sejam concluídas até 30 de julho, que, em virtude de período de carência, é o prazo efetivo para o pagamento dos exchange bonds marcado para 30 de junho”, diz a carta. “Conceder a suspensão serviria para dar tempo para a Argentina desenvolver planos de evasão que repetidamente demonstrou ter intenção de fazer – e tiraria toda a pressão da Argentina tanto para seguir as leis quanto para negociar uma solução razoável.”


Os credores acenam, contudo, com a possibilidade de negociação sobre prazos: “Se os dois lados fizerem progressos até 30 de julho, mas ainda precisarem de mais tempo, a argentina e os reclamantes terão fortes motivações para trabalhar uma acomodação consensual, em termos acordados mutuamente, que permita que o processo de acordo continue”, afirmam.


Na semana passada, uma sentença da Suprema Corte dos Estados Unidos determinou que a Argentina pague o que deve aos “fundos abutres” integralmente no dia 30 de junho, além dos juros a outros credores que possuem títulos da dívida que o país deixou de pagar em 2001 e aceitaram trocá-los por novos bônus de valor inferior, em 2005 e 2010.


Temendo que a execução da decisão estimule novos processos de outros credores – o governo argentina calcula que, se isso acontecer, o valor poderia chegar a US$ 15 bilhões –, Cristina alegou que o país não tinha como arcar com os dois pagamentos ao mesmo tempo.

Palavras-chave: direito internacional fundo abutre

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