Fotos no Facebook revelam fraude contra previdência nos EUA

Promotoria investiga centenas de beneficiários de pensão por invalidez que postavam fotos praticando esportes radicais

Fonte: Estado de S. Paulo

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A promotoria de Manhattan ganhou uma batalha judicial contra o Facebook depois que um juiz de Nova York exigiu que a rede social divulgasse informações de um usuário para uma investigação sobre fraude.


O caso foi aberto quando trabalhadores entraram com pedido de abono federal por deficiência física, mas em seus perfis no Facebook apareciam totalmente saudáveis. No processo estão 130 policiais, bombeiros e outros funcionários públicos que alegaram falsa condição de incapacidade física após o atentado de 11 de setembro para obter benefícios previdenciários.


A promotoria investigou o caso de fraude a partir de contas de mais de 381 usuários. A requisição foi negada pela rede social, que tentou anular os mandados com a alegação de que eram inconstitucionais.


Depois de analisar a situação, a Justiça norte-americana considerou que "prováveis evidências de criminalidade seriam encontradas dentro dos perfis" e ordenou o Facebook a cumprir a medida.


Para proteger o sigilo da investigação, o juiz impediu a empresa de informar os usuários afetados. O caso está levantando um intenso debate sobre as liberdades civis na internet. Uma questão que interessa diretamente a 1,28 bilhão de usuários doa Facebook no mundo.


Segundo a procuradoria distrital, o caso já tem 134 acusações formais e mais de US$ 400 milhões de fraude. Metade dos acusados já se auto declarou culpado.Até o momento, o Facebook não comentou o caso.


A decisão da promotoria é mais um capítulo do embate travado há meses entre o Facebook e o escritório do procurador do distrito de Manhattan.


Em documentos confidenciais, o Facebook argumenta que os promotores de Manhattan teriam violado o direito constitucional de seus usuários ao liberar investigações sobre a vida pessoal de 381 pessoas, incluindo páginas da internet nas quais eles navegaram, fotos que curtiram e mensagens privadas.


Quando a empresa contestou a demanda judicial pelos dados dos usuários, um juiz de Nova York decidiu que Facebook não tinha legitimidade para contestar os mandados de busca, uma vez que era simplesmente um repositório online de dados, não um alvo da investigação criminal.


Esportes radicais


Nas fotos postadas no Facebook, muitos dos indiciados aparecem praticando esportes radicais como pesca em alto mar, luta de karatê, moto aquática e outras que comprovam que não teriam direito aos benefícios previdenciários obtidos em anos passados.


Além das fotos, a investigação também reuniu conversas telefônicas gravadas com autorização judicial ao longo dos últimos três anos.


"Este era um esquema enorme envolvendo cerca de mil pessoas que fraudaram o governo federal em mais de US$ 400 milhões em benefícios", disse Joan Vollero, porta-voz da procuradoria.

Palavras-chave: direito internacional facebook fraude direito previdenciário

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3 Comentários

Vagner Auxiliar T?cnico de Educa??o27/06/2014 20:51 Responder

Cadeia nesses energúmenos!Facebook é a pior coisa criada em termos de rede social e participar ativamente dele é expor-se desnecessária e narcisisticamente!!

Berenice Machado Lira de Morais Advogada27/06/2014 21:35 Responder

Deve ter medo de se expor quem pratica atos ilícitos e também não é preciso divulgar intimidades ou informações pessoais. Facebook é bom para conversar à distância com amigos, trocar ideias com pessoas em geral, obter informações, etc, etc. Quem se exibe paga o preço e se tiver cometido algum crime, o preço será alto.

seu nome sua profiss?o01/07/2014 10:52 Responder

Correto a justiça dos EUA, o facebook não tem direito a proteger criminosos. No mais os EUA deveriam arrebentar com esta empresa protetora de bandidos e outros tipos de animais.

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