Fórum internacional reúne especialistas em trabalho escravo

O Fórum reunirá os maiores especialistas estrangeiros e brasileiros sobre os temas trabalho escravo, trabalho infantil e liberdade sindical.

Fonte: Notícias do Tribunal Superior do Trabalho

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O secretário especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Nilmário Miranda, participará, ao lado de outros especialistas, do ?Fórum Internacional sobre Direitos Humanos e Direitos Sociais?, que será realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho durante os dias 29, 30, 31 de março e 1º de abril, em Brasília. O Fórum reunirá os maiores especialistas estrangeiros e brasileiros sobre os temas trabalho escravo, trabalho infantil e liberdade sindical.

Além do secretário, participarão do painel ?Trabalho Escravo? a coordenadora da Seção de Trabalho Forçado do Departamento de Normas Internacionais do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT-Genebra), Carmen Sottas Nascimento e o professor Livre Docente de Sociologia do Trabalho da Unicamp, Roger Plant. Haverá ainda o testemunho de Valderez Maria Monte Rodrigues, coordenadora do Grupo de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego.

O cerceamento do direito de ir e vir é a principal característica do trabalho escravo hoje. De acordo com especialistas, os trabalhadores são, em geral, arregimentados pelos chamados ?gatos? (intermediadores da mão-de-obra entre o empregado e o empregador) em lugares distantes de onde vão trabalhar. Lá, endividam-se com o transporte e o empréstimo que receberam para deixar com a família, e continuam a fazer dívidas, já que são obrigados a comprar as ferramentas de trabalho e a alimentação em armazéns mantidos pelas fazendas, a preços exorbitantes. Os trabalhadores são ainda submetidos a longas jornadas de trabalho em condições precárias, porém nunca conseguem pagar o que devem. Sofrem, muitas vezes, ameaças de agressão e morte, que em alguns casos se consumam. Eles têm dificuldade de fugir das fazendas, devido o isolamento e difícil acesso a esses locais. Para especialistas, a presença de trabalho escravo não só no meio rural, mas em atividades urbanas sofisticadas, revela a diluição da figura do empregador via terceirizações, que estimulam contratações por "gatos", "capatazes", "empreiteiros", etc.

As inscrições para o fórum podem se feitas pela homepage do Tribunal: www.tst.gov.br.

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