Falsa Oficial de Justiça quase solta preso da P-3

Por muito pouco, uma falsa oficial de Justiça não conseguiu ontem, libertar um preso da Penitenciária 3 do Complexo Campinas-Hortolândia.

Fonte: Cosmo Online

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Por muito pouco, uma falsa oficial de Justiça não conseguiu ontem, libertar um preso da Penitenciária 3 do Complexo Campinas-Hortolândia. A mulher chegou à portaria da P3; se identificou como sendo Maria José da Silva e apresentou uma carteira funcional do Poder Judiciário.

Disse que estava ali com um alvará de soltura para o detento Guilherme Leandro de Oliveira Pinto e foi embora. O documento seguiu para o protocolo e, de lá, para o Centro Integrado de Movimentações e Informações Carcerárias (CIMIC). Ali, onde os alvarás de soltura são cumpridos, uma funcionária desconfiou da veracidade do documento.

Fez uma série de verificações e constatou que o documento era falso. A policia suspeita que o plano tenha sido articulado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) - a facção criminosa que age dentro e fora dos presídios.

A suspeita está baseada em algumas evidencias segundo a delegada Cibele Sanches, que vai comandar as investigações. "Nós achamos que ele possa estar ligado a alguma facção criminosa não só pela sua própria periculosidade, mas também pela sofisticação da ação" , disse a delegada.

Guilherme cumpre pena por latrocínio (roubo seguido de morte) e já teve passagem pela Penitenciária de Presidente Wenceslau - um dos principais redutos do PCC. De acordo com a delegada, o plano foi elaborado e executado por gente que conhece os trâmites judiciais e tem alguma intimidade com a burocracia processual.

O falso alvará de soltura teria sido expedido no dia 11 de setembro na 3ª Vara de Sorocaba. Continha, inclusive, a assinatura do juiz Hugo Maranzano. No dia seguinte teria passado pela 1ª Vara de Campinas. O próximo passo seria, então, levar o documento à prisão e conseguir a libertação do preso. Só que eles cometeram erros.

A falsa oficial entregou um documento original e com um carimbo que já não se usa mais. "Eu estranhei porque a tramitação do documento foi rápida demais. Normalmente os documentos originais demoram mais. Tinha ainda a história do carimbo e eu fui checar. Ai descobrimos que era tudo falso", disse Flávia de Angelis, funcionária do CIMIC. Ela ainda confrontou os dados em Sorocaba e confirmou que não havia nenhuma oficial de justiça na cidade com o nome de Maria José da Silva.

Imagens da falsa oficial foram gravadas pela câmera interna da Penitenciária, mas até o início de noite de ontem a polícia ainda não tinha pistas sobre o paradeiro dela. De acordo com a delegada, o golpe da falsa oficial de justiça é inédito em Campinas, mas lembra que há registros de ações parecidas em outras penitenciárias do Estado.

Palavras-chave: preso

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