Falha humana provoca cancelamento de provas da segunda fase

Para se evitar quaisquer dúvidas quanto à lisura dos procedimentos, a comissão optou por cancelar a etapa?, asseverou.

Fonte: TJMT

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O presidente da Comissão do Concurso Público para Ingresso na Magistratura do Estado de Mato Grosso, desembargador Rui Ramos Ribeiro, comunicou na tarde desta terça-feira (30 de março) a anulação da prova dissertativa realizada como parte da segunda etapa do certame, ocorrida no último dia sete de março. Enfático no esclarecimento, o desembargador apontou erro humano. ?Não há indício algum de fraude. Os fiscais da sala dois colocaram 16 provas na caixa de material excedente, ao invés de depositá-las na caixa de material para correção. Para se evitar quaisquer dúvidas quanto à lisura dos procedimentos, a comissão optou por cancelar a etapa?, asseverou.

A constatação da falha ocorreu na manhã de hoje durante a sessão pública para divulgação das notas dos candidatos. O desembargador explicou que a metodologia adotada na aplicação das provas dissertativas previa o destaque do canhoto de identificação do caderno de prova, de modo a garantir a correção sem identificação. O procedimento previa a separação e guarda em envelopes distintos. Ocorre que na sala dois, os fiscais fizeram a separação e guardaram nos envelopes, com o devido lacre, o total de canhoto e apenas uma parte das provas. Um total de 16, de 49 provas, foi guardado junto com material inservível, e não foi submetido à correção.

Quando da junção de canhotos identificadores e provas, na sessão pública, detectou-se a falta das 16 provas, que foram encontradas intocadas, junto com o material que seria descartado ao final ao concurso. ?Por isso só constatamos o erro hoje. Quando abrimos a caixa da sala dois e confrontamos com o número de canhotos, localizamos 33 provas na caixa, enquanto no envelope tinham 49 lacres. Uma diferença de 16 provas. Elas foram encontradas no material de descarte, que também ficou lacrado durante todo o tempo?, esclareceu o desembargador Rui Ramos, acentuando que a circunstância tornou inválido o processo, uma vez que as provas localizadas hoje não foram corrigidas e nem chegou para a comissão como previsto.

Ato seguinte à constatação do erro, o presidente da Comissão do Concurso cientificou a Presidência do Tribunal de Justiça quanto ao ocorrido e à decisão de anular as provas, e já providenciou idêntica comunicação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Lamentando profundamente o fato, o desembargador Rui Ramos lembrou a longa experiência que detém acerca de concursos para magistratura, sempre pautada pela seriedade em relação aos procedimentos, combinada com o máximo de transparência. Explicou que a seleção e treinamento dos fiscais foram feitos com esmero. ?Tivemos excelente grupo de fiscais. Todos com curso superior. Os fiscais da sala dois (onde se constatou o erro) leram as explicações e, além de serem formados em Direito, já tinham participado de outros concursos?, lastimou.

Ao todo 317 candidatos participaram das provas dissertativas, realizadas no dia sete de março. A nova prova deverá ocorrer na segunda quinzena do mês de abril. Ultrapassada a fase da prova dissertativa, os candidatos terão ainda as etapas de confecção de sentenças de naturezas cível e criminal. O concurso para provimento de cargos de juízes substitutos do Estado oferece 43 vagas e é formado, ao todo, por seis fases.

A Comissão do Concurso Público para Ingresso na Magistratura do Estado de Mato Grosso também é formada pelos desembargadores Juvenal Pereira da Silva e Luiz Ferreira da Silva, e pelo representante da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso, advogado João Norberto Almeida Brito.

Palavras-chave: falha humana

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1 Comentários

rafael autonomo01/04/2010 6:41 Responder

quantas cartas marcadas? até dias passados antes das APOSENTADORIAS COMPULSORIAS a máfia era legalizada! Se pucharem as "capivaras" de muitos magistrados, aparecerão a maioria como "parentes, afilhados, apadrinhados políticos' ETC...

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