Exposição mostra a evolução do papel e sua importância
Das placas de argila e papiros ao papel. A Divisão de Arquivo-Geral da Secretaria de Documentação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), está promovendo a partir do dia 16 de novembro, às 17h, no Espaço Cultural do Tribunal, a exposição "Da Pedra ao Papel: A evolução do suporte na escrita".
Das placas de argila e papiros ao papel. A Divisão de Arquivo-Geral da Secretaria de Documentação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), está promovendo a partir do dia 16 de novembro, às 17h, no Espaço Cultural do Tribunal, a exposição "Da Pedra ao Papel: A evolução do suporte na escrita". A exposição, uma iniciativa do Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos (Lacord) da Secretaria de Documentação, pretende divulgar e conscientizar os servidores do STJ e o público em geral sobre a evolução dos suportes para a escrita com ênfase no papel ? suporte mais utilizado nos últimos séculos ?, e a importância da sua da correta preservação.
O evento mostrará uma "linha do tempo", uma coleção de cartazes mostrando a evolução do papel; uma mostra com 29 obras raras do STJ e do Ministério da Justiça e oficinas de artesanato em papel e de conservação para os servidores e público externo. Para viabilizar a exposição, várias parcerias foram fechadas. O Museu da Imprensa cedeu parte do seu acervo, como máquinas fotográficas e monotipos antigos. O Senado Federal, a Câmara dos Deputados e a Biblioteca Nacional e várias outras instituições também colaboraram. Entre os documentos expostos, estão publicações raras de Direito datadas de 1492.
A exposição também contará com uma seqüência de fotos da restauração de um livro, indo desde a higienização até o acabamento da encadernação. A atividade é normalmente exercida pelos funcionários do Lacord. A chefe do Laboratório, Maria Solange Meira, diz que, em média, são recebidas 70 peças, entre livros e documentos, para essa intervenção. "Dependendo do estrago e das proporções, podemos gastar um mês para restaurar um livro, pois temos que desmontá-lo, restaurar página por página e reencadernar tudo", explica Maria Solange.
A diretora do Arquivo-Geral, Selma Bandeira de Souza diz que a exposição é importante para educar as pessoas sobre a maneira correta de manipular documentos. "O papel é um suporte muito frágil para escrita. Um livro ainda pode ser substituído, mas se um processo se deteriora, a vida inteira de uma pessoa pode se perder também", ele afirma. Ela também acredita que as pessoas sairão do evento mais conscientizadas. "Queremos que elas saibam que um arquivo não é só um depósito de documentos, mas uma fonte preciosa de informações e jurisprudência um preservador da história da Casa e do Direito", destaca Selma Souza.
PROGRAMAÇÃO DAS OFICINAS:
Oficina I: Conservação Preventiva de Livros e Documentos
Objetivos:
· Transmitir aos participantes noções básicas e indispensáveis para a conservação adequada de livros e documentos;
· Divulgar princípios e técnicas de acondicionamento individual de materiais bibliográficos, destinados a sua proteção e preservação.
Programa Básico
· Causas de degradação de livros e documentos;
· Critérios para o manuseio de livros e documentos;
· Higienização de acervos;
· Acondicionamento de documentos avulsos (mapas, pôsteres, gravuras);
· Confecção de invólucros e caixas simples para proteção de livros, folhetos, periódicos e processos.
Período: Dias 18 e 23/11 e 2/12.
Duração: 2 horas, com turmas das 10h às 12h e das 14h às 16h
obs.: oficina restrita aos servidores do Tribunal.
Oficina II: O papel. Histórico. Origami
Objetivo: Transmitir conhecimentos básicos sobre o papel desde seu surgimento até os dias atuais,
Programa básico:
Breve histórico sobre o papel;
Técnicas de origami.
Período:Dias 17, 19 e 24/11.
Duração: 3 horas, com turmas das 14h às 17h.
Oficina III: Marmorização de Papéis
Objetivo: Apresentar conceitos básicos sobre marmorização de papéis.
Técnica
Tinta a óleo sobre goma
Período:Dias 22, 25 e 26/11.
Duração:2 horas, com turmas das 14h às 16h e das 17h às 19h
As visitas guiadas podem ser agendadas no Núcleo Cultural, pelo telefone (61) 319-8376, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h.
Fabrício Azevedo