Estado do Amazonas ganha nove novas áreas de proteção ambiental

O governo do Amazonas anunciou ontem a criação de nove novas unidades de conservação ambiental no sul do estado com o objetivo de conter o desmatamento da floresta na região.

Fonte: Jornal O Globo

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O governo do Amazonas anunciou ontem a criação de nove novas unidades de conservação ambiental no sul do estado com o objetivo de conter o desmatamento da floresta na região. O anúncio foi feito uma semana depois de o Brasil divulgar seu inventário de emissões de gases-estufa, mostrando que o país está entre os dez maiores poluidores do mundo e que 75% do dióxido de carbono (CO2) lançado na atmosfera são provenientes da destruição de florestas, sobretudo na Amazônia.

? Estamos criando unidades de conservação numa área extremamente crítica, a divisa com Mato Grosso, onde a pressão do desmatamento é enorme ? explicou o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Virgílio Viana. ? Isso faz parte do nosso programa de governo de identificar áreas prioritárias de conservação.

As nove áreas totalizam 3.070.058 hectares nos municípios de Apuí e Manicoré. Duas das áreas são de proteção integral, mas as outras são voltadas para o desenvolvimento sustentável da região. Enquanto as áreas dos dois parques estaduais ficarão restritas a pesquisa, ecoturismo e outras atividades de baixo impacto ambiental, nas demais será apoiado o manejo sustentável de madeira e outros produtos da floresta. O projeto conta com US$ 4 milhões provenientes da cooperação internacional.

? A idéia é conservar a biodiversidade e, ao mesmo tempo, dar melhores condições de vida à população local, que tem um índice de desenvolvimento humano muito baixo ? afirmou José Maria Cardoso da Silva, vice-presidente de ciência da ONG ambientalista Conservação Internacional, que apóia o projeto.

Região seria uma das mais ricas em biodiversidade

As áreas estão estrategicamente localizadas no chamado arco do desmatamento, onde a destruição da floresta mais avança.

? Existe uma lógica econômica para o desmatamento ? analisou Viana. ? Com a criação das unidades, quebramos essa lógica porque as pessoas entendem que não adianta grilar porque a especulação financeira não pode prosperar em áreas do governo.

De acordo com o especialista da Conservação Internacional, a área é uma das mais ricas em biodiversidade:

? Acreditamos que existam ali de 400 a 500 espécies de aves, um recorde mundial. Estimamos que seriam 12 espécies de primatas, além de diversas espécies novas de peixes ? enumerou Silva. ? Possivelmente é um dos setores mais ricos em biodiversidade do estado.

Além da Conservação Internacional, apóiam o projeto o Ministério do Meio Ambiente, a Fundação Gordon & Betty Moore e o WWF-Brasil.

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