Entrave do Judiciário não é excesso de recursos

O grande entrave do Judiciário não é o excesso de recursos, mas a falta de estrutura para atender, especialmente, a primeira instância

Fonte: OAB

Comentários: (2)




A avaliação é do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. Ele elogiou a análise de Jânio de Freitas, publicada neste domingo (25/8) no jornal Folha de S.Paulo, sobre ritos processuais no Judiciário brasileiro, refutando a ideia de que os recursos sejam os culpados pela lentidão da justiça.


“De que servem as instalações suntuosas das cortes, se nas capitais e no interior do país temos uma defasagem de infraestrutura que é enorme? O que vemos diariamente é o abarrotamento dos cartórios, especialmente os de primeira instância. O grande cliente do Judiciário hoje é o Estado brasileiro. É o próprio Estado que causa a lentidão da Justiça”, afirmou Marcus Vinicius.


Para o presidente da OAB, o judiciário precisa gerir melhor as verbas que possui e encontrar meios de suplementar os recursos onde eles são escassos. “Não podemos esquecer que a realidade da justiça brasileira é a das pequenas comarcas, que ainda tem a figura dos juízes ‘TQQs’ – que atendem apenas nas terças, quartas e quintas-feiras”, disse.

Palavras-chave: OAB Entrave Judiciário Excesso Recursos

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/entrave-do-judiciario-nao-e-excesso-de-recursos

2 Comentários

Adir Claudio Campos Advogado27/08/2013 7:15 Responder

É impressionante como a notória falta de infraestrutura, incluindo deficit de juízes e de serventuários, seja escamoteada pelos próprios juízes (principalmente ministros e desembargadores) para se inisitir na falsa tese da retirada de recursos como solução da morosidade. Quem é que pode defender uma tese dessa, militando nos foruns e tribunais de qualquer canto deste país? Aos poucos, muita gente começa a perceber que o judiciário é um poder de inspiração monárquica, e que ainda permanece organizado na contramão dos novos ventos que sopram no país após a Carta de 1988.

jose Agente de Seg. Penitenci?rio28/08/2013 0:38 Responder

Nem toda demora é por Falta de Estrutura, outros são por conveniência de nossos Governantes. Nossos Governantes não vão querer que Processos que hoje levam 5 a 10 anos para ter sua Sentença definitiva, sejam julgados em 1 ano. Assim criam dividas que vão ser pagas no Governo de outros, então, porque pagar no dele. O meu tem 6 anos, ate julgar, 10 anos, ate receber 15 anos. Quero lembrar que ate pouco tempo atrás, Juízes receberam Um Milhão, em questão de Meses. Quem me dera receber o meu, uns miseráveis, 50.000,00 Reais, amanhã, pois 6 anos já são mais que suficientes.

Conheça os produtos da Jurid