Dilma defende lei rigorosa contra violências em protestos populares

Dispositivo está sendo preparado com ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo

Fonte: Agência Brasil

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A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira (19) o endurecimento das penas aplicadas aos condenados por crimes cometidos durante manifestações públicas. Como confirmado um dia antes pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Dilma afirmou que o governo trabalha em uma proposta de legislação que coíba toda forma de violência durante os protestos de rua.


“Os órgãos de segurança pública devem coibir a violência, cumprindo a lei, mas é preciso reforçar a lei e aplicar a Constituição, que garante a liberdade de manifestação, mas ela veda, proíbe o anonimato. Então estamos trabalhando numa legislação para coibir toda forma de violência em manifestações”, disse a presidenta em entrevista a rádios de Alagoas, lembrando que a violência já levou à morte de “um pai de família”, o cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Ilídio Andrade, ferido por um rojão em uma manifestação no dia 6 de fevereiro, no Rio de Janeiro.


A presidente disse que a maioria dos manifestantes exerce pacificamente seus direito de exigir e propor mudanças, mas criticou a ação de black blocs, que escondem o rosto durante os protestos. “Eu repudio completamente o uso da violência em manifestações e acho inadmissível num país democrático atos de vandalismo. Pessoas que usam da violência, pessoas que escondem o rosto para se manifestar não são democratas. Pessoas que matam, que ferem ou destroem patrimônio público são criminosos e devem ser tratadas como tal”.


Segundo Dilma, o governo também está buscando, em discussões com secretários de Segurança e  comandantes da Polícia Militar de todos os estados, protocolo comum de atuação das polícias militares em manifestações. “Nossa meta é que o Brasil disponha de um regramento unificado, que defina melhor o uso proporcional da força por meio da polícia”.


Em relação à segurança na Copa do Mundo, uma das preocupações para este ano, inclusive com repercussão do evento no exterior, a presidente disse que as polícias estaduais e os órgãos de segurança federais estão trabalhando com reforço e em sintonia em todas as cidades-sede da competição e, se for necessário, as forças armadas também estarão preparadas para atuar.

Palavras-chave: lei anti-disturbios repressão protestos black blocs

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