Descoberto falso arrematante em Hasta Pública do TRT-SP
Na 114ª Hasta Pública Unificada do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, realizada, foi descoberta, através de um falso arrematante, uma empresa envolvida com contrabando de cigarros e armas.
Na 114ª Hasta Pública Unificada do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, realizada na última quinta-feira (27), foi descoberta, através de um falso arrematante, uma empresa envolvida com contrabando de cigarros e armas.
Entenda o caso
Na referida hasta pública, realizada no 1º subsolo do Fórum Ruy Barbosa, um suposto arrematante ofereceu, por um lote, um valor bem maior ao do lance mínimo.
A Juíza Elisa Maria Secco Andreoni, que presidia a hasta, suspeitando a possibilidade de fraude, ao ver também que o valor oferecido destoava muito dos outros valores dados por outros licitantes, resolveu consultar o banco quanto ao cheque dado como sinal pelo suposto arrematante. Foi aí que o gerente do banco informou que o cliente existia, mas sugeriu à juíza que não aceitasse o cheque, pois havia pendências na conta.
Dessa maneira, a juíza cancelou o leilão do referido lote, trazendo-o imediatamente de volta à hasta, avisando ao mesmo tempo ao tal arrematante que ele não daria novos lances, pois através de consulta do cheque foi verificada a existência de pendência.
O lote foi novamente apregoado, tendo sido o bem arrematado pelo lance mínimo por uma empresa, que também havia estranhado a atitude do tal arrematante.
Em seguida, a juíza chamou os seguranças do TRT-SP e deu voz de prisão ao arrematante e à pessoa que o acompanhava. Eles foram encaminhados a um setor, até que fossem feitos todos os procedimentos, ofícios e certidões para a Polícia Federal.
No final do dia, a própria juíza que presidia o leilão foi até a Polícia Federal, para acompanhar e prestar depoimentos.
O delegado da Polícia Federal acabou por descobrir que o arrematante era na verdade um ?laranja", a quem prometeram 5% do valor do bem, para se apresentar no leilão.
Por fim, foi descoberto o nome de quem o arrematante estava representando. Ao mesmo tempo, a investigação do cheque levou à descoberta de uma empresa envolvida com contrabando de cigarros e armas, com várias prisões realizadas pela PF através da ?Operação Bola de Fogo?, da qual o próprio delegado havia participado.
O falso arrematante permanecia preso (ao menos até 31/08) na PF. A pessoa que o acompanhava foi liberada, por não ter sido provado o seu envolvimento no caso.