Ele foi condenado a 38 anos pela morte dos Richtofen. Promotor afirma que vai pedir exame criminológico.

Preso desde 2002 e condenado a 38 anos de reclusão pelo assasinato dos pais de Suzane Richtofen, Manfred e Marísia, Cristian Cravinhos pediu autorização da Justiça para cumprir o restante da pena de 38 anos em regime semiaberto. O promotor Paulo Rogério Bastos Costa, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, cidade do interior paulista onde Cristian está preso, disse que recebeu o pedido nesta quinta-feira (20). Ele vai calcular quanto tempo Cristian já cumpriu e quantos dias ele obteve de desconto por trabalhar na prisão. A legislação determina que o preso só tem direito ao regime semiaberto se tiver bom comportamento e após cumprir um sexto da pena. Os dias de trabalho na prisão podem ser descontados.

Suzane e os irmãos Cravinhos foram condenados em 2006 a até 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais dela, em outubro de 2002. Cristian é o segundo dos três a pedir acesso ao regime semi-aberto.

Em maio deste ano, a defesa de Suzane pediu o mesmo benefício. O Ministério Público recomendou que ela continue presa em regime fechado. A promotoria investiga se ela atualizava seu perfil no Twitter de dentro da cadeia.

O promotor Paulo Costa afirma que ainda não sabe se Cristian terá condições de promoção. "Ainda não sei se ele (Cristian) preenche as condições para ter acesso ao regime semi-aberto. Ainda tenho de calcular o lapso de um sexto da pena e o exame criminológico", disse o promotor. De acordo com ele, embora não seja obrigatório, o exame é necessário. "Em casos especiais, nós pedimos, como em casos de homicídio."

O promotor disse que até a tarde desta sexta-feira (21) não havia recebido o pedido de progressão do regime de Daniel Cravinhos de Paula, irmão de Cristian e condenado a 39 anos por participação no mesmo crime. "É possível que ele também peça", afirmou.

O Tribunal de Justiça de São Paulo negou absolvição a Daniel Cravinhos que recorreu contra uma pena sugerida à Justiça contra ele pela administração do presídio. "Foi uma questão de falta disciplinar", disse o promotor, que não comentou detalhes do caso. "A falta grave dá perda dos dias trabalhados e interrompe o lapso do benefício", afirmou.

O G1 contatou o escritório do advogado Adib Geraldo Jabur, que representa os Cravinhos, para comentar o caso, mas ele não retornou.