'Debaixo da toga de juiz também bate um coração', diz Fux

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, 57, não aceita ser responsabilizado pelo voto decisivo que anulou a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010

Fonte: Folha Online

Comentários: (19)




Juiz de carreira, ele disse que procurou argumentos jurídicos para tentar validar a regra na última eleição, mas não encontrou. "Debaixo da toga de um magistrado também bate um coração de homem", disse, ao explicar que tenta sempre equilibrar "razão e sensibilidade" ao julgar. "Procuro sempre esse equilíbrio, e acho que tenho conseguido''.


A seguir, os principais trechos da entrevista concedida em sua casa, na sexta.


Folha - Como o sr. se sentiu desempatando uma questão tão controversa como a da validade da Lei da Ficha Limpa em 2010?


Luiz Fux - Eu não desempatei nada. Apenas aderi à posição majoritária do Supremo, que era no sentido de não permitir que a lei valesse para as eleições do mesmo ano. Os votos foram de acordo com o artigo 16 da Constituição, que é um artigo de uma clareza meridiana. Uma coisa tão simples que às vezes um leigo sozinho, lendo o dispositivo, vai chegar à mesma conclusão que eu. O artigo 16 diz que a lei que altera o processo eleitoral não se aplica na eleição que ocorra até um ano de sua vigência.


Alguns ministros, como Joaquim Barbosa, entenderam que era o caso de decidir entre o artigo 16, que trata da anualidade e preserva direitos individuais, e o princípio da moralidade, que tem maior impacto social.


Eu tenho uma visão técnica sobre esse tema. Esse principio da anualidade eleitoral é transindividual, porque refere-se à universalidade dos eleitores e à universalidade dos candidatos. Aqui não está em jogo interesse individual ou coletivo. Aqui está em jogo princípio transindividual.


Como corte constitucional, o STF deve fazer distinção entre o que deve prevalecer: os direitos individuais ou os direitos da sociedade?


A Constituição não legitima julgamentos subjetivos. Senão, partimos para aquela máxima de "cada cabeça, uma sentença", e não vamos ter uma definição do que é lícito e o que é ilícito. A população só tem segurança jurídica a partir do momento em que o magistrado se baseia ou na lei ou na Constituição. É claro que essas leis, essas regras constitucionais, precisam ser interpretadas, mas a interpretação só se opera quando há uma dubiedade na lei.


Alguns ministros apontaram outras inconsistências na Ficha Limpa. O sr. acha que, no futuro, o STF pode derrubar a lei?


Nós julgamos a questão do artigo 16, que tornou absolutamente indiferente a análise das demais questões. Não houve ninguém que tivesse declarado a lei inconstitucional. Por isso eu afirmei, e isso foi derivado de uma aspiração humana, que fiquei impressionado com os propósitos da lei, fiquei empenhado em tentar construir uma solução. Tanto assim que não consegui dormir, acordei às 3h da manhã e levei seis horas para montar o voto. A partir do julgamento, a única conclusão a que se pode chegar é que ela se aplica a partir de 2012.


Mas quando o ministro Cezar Peluso diz que nem as ditaduras ousaram fazer uma lei retroagir para punir crimes, ele não está dando mote para que a lei seja questionada?


Uma coisa é a anterioridade, prevista no artigo 16, e outra é você falar em retroatividade. Às vezes há um impulso de se confundir as coisas. Se a lei pode ser aplicada aos crimes anteriores não foi objeto de debate. Acredito que isso foi uma manifestação isolada diante do clima que se criou diante da judicialidade do argumento, isso acontece muito em colegiado.


Mas pessoalmente o sr. vê problema nisso?


Hoje não vejo problema. Mais tarde poderão surgir novas demandas? Poderão surgir. Até por isso não posso me pronunciar agora, mas eu digo que a lei vale para 2012. A lei da Ficha Limpa é movida pelo melhor propósito de purificação da vida democrática. Acho a opinião pública muito importante, mas para nós, a Constituição é um santuário sagrado.


E a repercussão do seu voto?


As opiniões estão divididas. Você vê juristas dizendo que não tinha outra saída e outros dizendo que a lei foi votada às pressas e por isso não se pôde reapurar os aspectos de sua legalidade.


O Judiciário não demora demais em responder a essas demandas?


Aqui entra em cena outra questão sobre a qual já fui muito indagado, que é a judicialização da política. Aqui não há a judicialização da política: há a politização de questões levadas ao Judiciário. Por que não resolveram isso lá entre as próprias instituições? Como a Constituição garante que todo cidadão lesado pode entrar na Justiça, todos aqueles que se sentiram prejudicados pela lei entraram em juízo. Veja quantas esferas: passam pela primeira instância, TRE, vão ao TSE e ainda cabe recurso ao STF. Eu sou defensor da eliminação do número de recursos. É preciso que a população se satisfaça.


O atraso nesse caso foi agravado pela demora na escolha do novo ministro do STF. O sr. é a favor do atual critério de escolha dos ministros?


A única alteração que eu faria, talvez até pela visão da carreira, é que eu acho que parte das vagas do Supremo deveria ser destinada a juízes de carreira, que tenham experiência na atividade de julgar, tenham percepção de que esses recursos demoram.


O sr. defende mandato fixo para ministro?


Me perguntaram sobre essa ideia e acho boa. Um ministro que passa 10 anos em um tribunal superior já deu sua contribuição ao país. Isso é mais de dar contribuição do que fazer biografia.


O sr. vai poder ficar quase 13 anos. Pretende sair antes?


Aí a gente vai ter que valer da frase de que o futuro a Deus pertence. Eu não sei se vou tão longe. Acho que é uma ideia legítima você contribuir com seu país por 10 anos e depois você permitir que outros possam ocupar.


Essa divisão que houve nesse julgamento tende a se repetir?


Eu entendo o seguinte: mesmo os magistrados mais experientes têm um grau de intelectualidade muito avançado, não merecem a pecha de conservadores. O voto do ministro Gilmar Mendes é um voto baseado em doutrinas recentes. São homens de todos os tempos, e os mais novos também têm posições ponderáveis. Não tem grupo, nem deve se imaginar isso. Até porque o Supremo visa a fazer Justiça à luz da lei e da Constituição. Não é um tribunal de justiçamento. Nós temos um respeito sagrado pela Constituição, até porque iniciativas populares podem levar a soluções contra o próprio povo.


O STF tem pela frente casos polêmicos, como a extradição de Cesare Battisti. Qual sua posição sobre o caso?


Uma tese sub judicie não pode ser adiantada sob pena de criar um paradoxo e eu ficar impedido de julgar.


A extradição virou uma disputa entre a questão política e o entendimento do tribunal?


Acho que a questão que se vai colocar é a seguinte: se o ato do presidente é um ato vinculado à decisão do Supremo ou é um ato discricionário. Tem sistemas jurídicos de todos os gostos. Tem sistema que avalia apenas se estão presentes as condições de extradição. A discussão é saber qual é o sistema brasileiro. Será que é aquele que entende que o Poder Judiciário só avalia e tem que cumprir, ou é que o Poder Judiciário é impositivo, e cabe apenas ao presidente cumprir? Vai depender do teor da decisão.


Há na pauta outros casos de grande repercussão social, como a permissão ou não de aborto de anencéfalos e a união homoafetiva. Como o sr. se posiciona nesses casos?


No Supremo, você aplica regra bíblica de a cada dia uma agonia. Por exemplo, a lei da Ficha Limpa foi incluída na sexta à noite na pauta. Essas coisas são divulgadas muito em cima da hora.


E em relação à Adin contra a fixação do salário mínimo por decreto? O sr. acha que existe choque entre Poderes?


Eu acho que é uma coisa mais formal. Saber se a política podia ser fixada por lei e depois o detalhamento por decreto. Acho que vai ser só isso.


Mas o sr. nesse ponto também pretende ser estritamente técnico?


Eu julgo sempre de acordo com a minha consciência, e acho que estou fazendo o melhor. Eu sou humano. Se eu errar, vou errar pelo entendimento. Eu sou sensível aos direitos fundamentais da pessoa humana.


Outra polêmica posta é sobre os limites de atuação do CNJ. O sr. acha que o ministro Cezar Peluso adotou uma postura mais corporativista que a anterior?


O ministro Peluso é um juiz de carreira que exerce a presidência. E o ministro não tem a história de um homem corporativista. Tem a história de um homem firme, que quando tem de aplicar uma punição severa não se furta a isso. Ele só não vai permitir a condenação de uma pessoa em bases infundadas.


Mas qual o sr. acha que deve ser o limite de atuação do CNJ?


Temos uma regra constitucional. O CNJ foi uma grande inovação em relação ao controle externo, mas de vez em quando tem tido histórico de questionamentos quanto à sua atuação, de desvios da função. É isso que temos de analisar.


Neste ano ou no próximo os srs. vão se deparar com o maior julgamento da história do STF, que é o do mensalão. O sr. acha que o Supremo é a corte adequada para julgar questões penais?


Juiz tem de julgar de tudo. Outro questionamento, o da prerrogativa de foro, tem um pressuposto correto, porque o ente público, dependendo da função que ele exerça, está sempre sendo questionado. Não seria razoável ele ser julgado cada hora num lugar.


Mas existe o outro lado dessa questão, que é o fato de o Supremo demorar demais para se manifestar em questões penais. Até hoje há apenas três casos de condenação.


Isso é uma realidade inafastável, inocultável. Mas hoje o fato de você ter juízes para produzir provas, fazer a oitiva de testemunhas, agiliza muito. Pelo tamanho do processo, pela quantidade de réus, o ministro Joaquim Barbosa está tendo uma presteza enorme. Acredito que vai haver uma distribuição com muita antecedência do relatório, para que todos nós possamos fazer juízo de valor e emitir um julgamento justo.


Em 2007, quando o STF decidiu receber a denúncia no caso do mensalão, o ministro Ricardo Lewandowski fez um desabafo dizendo que o Supremo julgou "com a faca no pescoço''. No julgamento, isso deve voltar, com parte da opinião pública pressionando pela condenação; e de outro, os acusados e os aliados tentando negar qualquer delito. Como equilibrar isso?


E você acha que eu não julguei o Ficha Limpa com a faca no pescoço? Eu acho que os ministros vão se equilibrar no fio dessa navalha no seguinte sentido: o processo penal determina que seja apurada a autoria e a materialidade. Esse é o papel do Supremo: à luz dos autos verificar se houve autoria e materialidade dos delitos apontados. Discussão política é inaceitável. Eu não vou entrar nessa seara. Discussão política comigo não vai ter. Não vou nem impugnar politicamente nada nem acatar nada politicamente. Vou me ater aos autos e à lei e à jurisprudência.

 

Palavras-chave: Luiz Fux; Lei; Fundamentação; Responsabilidade; Ficha Limpa; STF

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19 Comentários

EMERSON DA SILVA FERREIRA Advogado28/03/2011 19:42 Responder

O Fux tremeu na base, odebedeu seus superiores que o colocaram la, infelizmente ele e seus amigos deixaram 190 milhoes de brasileiros como otarios na situação. que pena que nao tiveram coragem e nao peito e se escondem atraz da lei pra dizer que fizeram certo, o que 190 milhoes de brasileiros acham errado.

Arlindo Basilio advogado28/03/2011 21:13 Responder

O Ministro Luiz Fux não tremeu na base não; teve é coragem de decidir conforme determina a lei e não segundo os interesses políticos de muitos ou de poucos. Seríamos tratados como otários se os Senhores Ministros da mais alta corte deste País, fizessem letra morta dos dizeres do art. 16 da Constituição. Parabens todos os Ministros que deram vigência ao princípio constitucional indica no art. 16 da constituição. Isso não implica dizer que sou favorável aos políticos ficha suja, mas que sou a favor da segurança jurídica.

Ana Carolina Borges Estudante de Direito 05/04/2011 11:46

Concordo com o comentário acima, bem como com o posicionamento do Ministro Luiz Fux. Ele apenas seguiu o que determina a norma Constitucional. Aplicou a lei como ela deveria ser aplicada. Garanto que se ele tivesse ido contra muitas pessoas estariam apedrejando ele da mesma maneira! Infelizmente não é possível agradar a todos. Devemos ver que pelo menos a partir de agora existe uma lei passível de impedir novos candidatos sujos tentando se eleger. Significa dizer que ainda há esperança e que é possível ocorrer uma melhora na Política Brasileira.

PATRICK HANSEN comerciante 06/04/2011 20:39

Interessante. O Fux aplicou a lei. O que dizer então dos patriotas que votaram contrariamente ao Fux.?

JOSE FILLIPY ANDRADE ADVOGADO29/03/2011 0:17 Responder

com certeza, ministro luis fux foi claro e consiente em um voto tao importante para o nosso pais, digo ainda nossa suprema corte tem a ganhar com fux fazendom parte de seu quadro.

MARIA DA CONCEIÇÃO DA SILVA ARAUJO agropecuarista e estudante de direito29/03/2011 1:24 Responder

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO LUIZ FUX, ESPERO QUE O SENHOR FAÇA O MÍNIMO QUE UMA CIDADÃ BRASILEIRA ESPERA DE UM MINISTRO DA MAIS ALTA CORTE DESTE PAÍS: \\\"ASSUMA OS SEUS ATOS\\\", O SENHOR PISOU EM CIMA DE UM MILHÃO E NOVECENTAS MIL ASSINATURAS DE BRASILEIROS E BRASILEIRAS, QUE NÃO AGUENTAM MAIS OLHAR PARA O BRASIL E VÊ UM QUEIJO SUIÇO NO LUGAR DO MAPA. ESTOU MORTA DE ARREPENDIDA DE TER LUTADO TANTO PRA ELEGER A PRESIDENTE DILMA.

Cesar Augusto autônomo e bacharel em direito29/03/2011 9:09 Responder

Quero ver se o Min. Fux, vai usar o mesmo critério na hora de votar sobre a inconstitucionalidade do Exame da OAB, que seu coração continue batendo, usando a razão, equilíbrio, tecnica e a mesma sensibilidade, para ver o que qualquer leigo que lê a Constituição Brasileira no seu art. 60, § 4º, IV, Cláusula Pétrea, que não se permite qualquer Emenda Constitucional com tendência a abolir o os Direitos e Garantias Individuais, que uma simples Lei Ordinária, atropelou a Constituição Brasileira. Quero ver o voto do Ministro na hora de defender os direitos que não são subjetivos, é um princípio de isonomia entre os bacharéis em direito e os outros bacharéis, sobre o ilegal Vexame de Ordem. Por enquanto só os políticos estão batendo palmas pelo seu voto, que estavam sem dormir, não só tres horas, mais há meses, esperando a indicação de um ministro que votasse a favor. PauloMallufs e outros agradecem.

Alice cartorária29/03/2011 10:39 Responder

ATÉ PARECE QUE JUIZ TEM CORAÇÃO....ANTIGAMENTE SIM, QUANDO ERAM MAIS PREPARADOS PARA JULGAR E TINHAM EXPERIÊNCIA...ESSE CARA DE FUSCA, É MAIS UM JUMENTO QUE FEZ UMA TREMENDA BURRADA NA REFORMA DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL....COITADO DOS ADVOGADOS.OS JUIZES VÃO DEITAR E ROLAR EM CIMA DELES...ACORDEM IMBECÍS METIDOS A SABICHÕES E INTELECTUAIS....VOCÊS VÃO VER O QUE VEM POR AÍ....

Rafael Miguerman Graduando em direito 29/03/2011 15:31

Você é patética... deveria ter vergonha de vir aqui e proferir babolseiras como estas, as quais, INFELIZMENTE presenciei... Não merecendo sequer maiores comentários... se você tem alguma raiva ou mesmo mágoa, deveria tratar isso ein. Só um conselho...

Cesar Augusto autônomo e bacharel em direito 30/03/2011 8:03

Alice, parabéns pelo seu comentário, e voce sabe que coração de alguns juízes batem no bolso ou então na sola do pé igual a de bandido. Parabéns.

Rod Skvuw cidadão 30/03/2011 11:17

Como se advogados, médicos e mortais não fossem do mesmo jeito... Diga-me, qual a classe que não pensa no bolso? Os sagrados anjos de Deus? Quanto ao Fux, ele apenas agiu dentro do contexto que o levou a ser ministro do STF, ou seja, foi indicado, ajudado, nomeado e apadrinhado por políticos, ou seja, foi honesto com seus ideais. Infelizmente este país é assim. Lutemos no dia a dia para mudar essa realidade. Procuremos saber como.

DULCE BIBLIOTECÁRIA29/03/2011 11:00 Responder

PARABÉNS MINISTRO FUX, PELO RESPEITO QUE VOSSA EXCELÊNCIA TEVE À NOSSA CARTA MAGNA, INDEPENDENTE DE ATOS DESONESTOS DOS POLÍTICOS QUE ELEGEMOS.

Ruy Mendonça servidor público e estudante de Direito.29/03/2011 11:52 Responder

Um bom exercício para os que criticam a decisão do Min. Fux, seria votar abstraindo os nomes dos políticos corruptos que seriam atingidos pela lei e que teriam, assim, sua morte política. É difícil aceitar que essa gente ganhou sobrevida. Nesse sentido, quem votou pela não aplicação da lei no último pleito, optou pela abstração dos nomes dos políticos atingidos, agindo tecnicamente. Por sua vez, aquels que votaram pela aplicabilidade da norma, claramente, fez o exercício sem abstrair os nomes de sujeitos como maluf, barbalho e tantos outros. De qualquer sorte, essa maré passará e nossa sede de justiça será saciada no próximo pleito eleitoral, a não ser que, tecnicamente, sejamos nós, o povo brasileiro, abstraídos no exercício de voto dos Min. do Supremo.

Rod Skvuw cidadão 30/03/2011 11:28

O problema desse raciocínio é que não leva em conta que a Constituição é viva e tem um coração, coração que o ministro tem e que, infelizmente, pertence àqueles que o elegeram. Vivemos no tempo do novo constitucionalismo, que sobreleva os valores, que procura dar vida às leis, no sentido de considerar que as leis existem para a sociedade, não devendo ser aplicada sem levar em consideração o sentimento geral da sociedade. Nosso sistema político ainda leva os juízes a serem positivistas demais, o que beneficia aqueles que fizeram as leis, ou seja, os pertencentes à classe dos que vivem de fazer política. Os juízes fazem isso porque têm um coração, uma gratidão por aqueles que o ajudaram a galgar a posição a que chegaram. No caso do Fux, o Sarney foi essencial para a sua projeção e escolha para o STF. Você acha que no coração do Fux não há muita gratidão ao Sarney?

José Galvão Lelite Advogado29/03/2011 13:02 Responder

O muito douto Ministro Luiz Fux não deu apoio nenhum aos portadores de ficha suja, apenas fez seu papel, qual seja aplicar o direito, porque o Ministro não está ai para dizer quem tem ou não tem razão, ou oque é certo ou que é errado, simplesmente fez seu papel. sdç GLeite

Xico Rocha Proleta29/03/2011 13:14 Responder

He he he he he, se há no gesto preocupação alguma com alguma coisa, fica o sentimento na nação de que somos e seremos sempre postergados nos nossos quereres. O Brasil tá bem muito bem.

Carlos Alberto Diniz Mestre em Direito Constitucional (ITE) e bacharel em Direito29/03/2011 14:21 Responder

Muito louvável o voto do Ministro Fux. Apesar daqueles que teimam em não compreender a importância de se respeitar as leis e, especialmente, a Constituição Federal, o STF não existe para ser levado pelo \\\"clamor\\\" das massas, muitas vezes manipulada pelos interesses da mídia em geral e por ONGs financiadas objetivamente por interesses forâneos, existe para ser Guardião da Constituição, tão dolorosamente conquistada; existe para fazer valer a Democracia sonhada e alcançada, mesmo que imperfeita...

JOAO GOMES DE LIMA ESTUDANTE DE DIREITO29/03/2011 15:57 Responder

PARABENS AO EXMO MINISTRO LUIZ FUX, PELA CORAGEM E RESPEITO A CONSTITUIÇÃO, ONDE PREVALECEU A VONTADE POPULAR EXPRESSA PELA NAÇÃO ATRAVÉS DA CONSTITUIÇÃO E NÃO A OPINIÃO PUBLICA TRANSLOUCADA, QUE NA ANSIA DE LIVRAR DA CORUPÇÃO POLITICA, QUIS PASSAR POR CIMA DA CONSTITUIÇÃO.DIGO QUE A LEI É BOA, NÃO RESTA DUVIDA, NO ENTANTO, A CONSTITUIÇÃO DEVE SER RESPEITADA.AFIRMO QUE EXISTE TAMBEM OUTRA MANEIRA DE EXCLUIR DA SOCIEDADE ESSE TIPO DE POLITICO, NÃO VOTANDO NELE, POIS, SE VOTA, É POR QUE CONCORDA COM SUA ATITUDE.PARABENS MINISTRO FUX, CORAGEM E DIGO AOS SENHORES MINISTROS QUE VOTARAM CONTRA, O QUE ELES ESTÃO FAZENDO NO STF, SE SÃO GUARDIÃO DA CONSTITUIÇÃO OU SEGUE A OPINIÃO PUBLICA?

pAULO SERGIO DE LIMA PINHEIRO advogado 30/03/2011 10:20

concordo com sua opiniao, e digo mais a OAB, deveria se posicional ao lado da lei e nao contra, pois a OAB sempre foi a favor da ficha limpa no ano de 2010, o que e contrario a lei, entendo que nao posso querer melhorar o pais usando artificios que vao de contr a Lei ja existente.

paulo sergio lima pinheiro advogado30/03/2011 10:15 Responder

Eu concordo com o Ministro Fux, e vou mais alem, os 5 ministro que votaram a favor da aplicabilidade da lei em 2010, deram um voto contra o principrio da irretroatividade da lei, contra uma norma ja existente na CF/88, art. 16, e mais, contra o voto da PEC dos vereadores de 2008, quando eles mesmo entenderam que a PEC nao poderia vale naquele ano pq era ano eleitoral. Entao diante dessa situaçao os menbros do STF, teria que cumpriu o art. 16 da CF88.

Rod Skvuw cidadão 30/03/2011 11:40

Seu argumento peca por não levar em consideração o sentimento social, que colheu assinaturas para fazer a lei da ficha limpa. As leis não devem ser vistas, interpretadas e aplicadas sem levar consideração o melhor para a sociedade e o que a população pensa. Porém, o coração que bate no coração do ministro Fux não pertence à sociedade, mas sim aos políticos que o puseram no STF.

Lazaro Dias Estudante de Direito30/03/2011 18:52 Responder

Não se trata de ser a favor ou contra a ?Ficha Limpa?, mas sim de se aplicar o Direito de modo a garantir a estabilidade jurídica. Certamente esse anseio popular vigorará em nosso país, mas melhor que não fosse por ele que houvéssemos de desconstruir um ideal de justiça fundado em princípios como o da anterioridade da lei tão bem observado pelo Ministro. Ademais, o STF não é lugar para populismo e o Ministro que, diga-se se passagem, não votou só, mas integrou um colegiado, demonstrou capacidade técnica e coerência com a nossa Carta Magna. PARABÉNS MINISTRO.

SÔNIA TADEU ESTUDANTE DE DIREITO30/03/2011 20:03 Responder

Parabéns ao Ministro Fux, que fez valer a LEI. É claro, que particularmente discordo desta lei, mas não há o que se questionar, pois ela está aí e não foi revogada, então minha gente....TEMOS QUE ENGOLIR. Em respeito aos princpios constitucionais, pelo princípio da anteioridade não poderia nunca a aplicação ser de forma diferente. O MINISTRO FUX mostrou-se imparcial, técnico, respeitável e sobremodo CIDADÃO. Agora...por favor LEGISLADORES, o povo clama por ORDEM e PROGRESSO, já ia me esquecendo da SUPREMA EXPRESSÃO: DECÊNCIA!!!!

Cesar Augusto autônomo e bacharel em direito01/04/2011 11:27 Responder

Já sei, isso tudo é mentira, hoje é 1º de abril. Voces me pegaram.

DAILY FIGUEIRA BACHAREL EM DIREITO04/04/2011 14:19 Responder

Alguém lá atrás mencionou que o Ministro agiu em defesa da SEGURANÇA JURÍDICA do País. De que segurança jurídica ele está falando. Não há temos aqui, já de muito tempo!!!

NABARRO ADVOGADO07/04/2011 20:00 Responder

Fico triste não porque o nefasto ministro vendido ao poder, apesar de não ser o primeiro, fico triste é com a abertura do cominho para a inconstitucionalidade da Lei. Isso é que é extremamente perigoso. Até tenho a opinião que realmente não deveria ser aplicada para as eleições passadas e sim na próxima, mas ficou claro que a indicação do Fux foi direcionada, souberam fazer direitinho, pegaram uma vagabundo inrrustido que todo mundo no primeiro momento iria apoiar.

fernando estudante de direito08/04/2011 23:26 Responder

Parabéns ministro Fux, seu voto jamais poderia ser diferente, foi brilhante, pois fidelidade é coisa séria, seria uma traição votar contra a quadrilha de mensaleiros, essa coisa de principio da moralidade é conversa para boi dormir, assim como debaixo da toga de um magistrado existe um bolso, isto sim é verdade, vai enganar juruna ministro.

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