Convocação de Erenice Guerra será primeiro item da pauta da CCJ

A ministra deverá ser chamada para esclarecer denúncias de que seu filho, Israel Guerra, teria sido pago para defender interesses de companhias privadas junto ao governo federal.

Fonte: Agência Senado

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A votação de requerimento de convocação da ministra Erenice Guerra, chefe da Casa Civil, será o primeiro item da pauta da próxima reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), prevista para a primeira semana de outubro. A ministra deverá ser chamada para esclarecer denúncias de que seu filho, Israel Guerra, teria sido pago para defender interesses de companhias privadas junto ao governo federal.


O requerimento de convocação da ministra foi protocolado na última segunda-feira (13) na CCJ pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR). A inclusão do requerimento como primeiro item da pauta da comissão foi confirmada pelo presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), em entrevista à Agência Senado nesta quarta-feira.


Para Demóstenes, o ideal seria fazer uma reunião imediata para decidir sobre a convocação da ministra. No entanto, ele informou que, devido à falta de quorum em decorrência das campanhas eleitorais nos estados, essa votação somente será possível após as eleições ou mediante convocação do presidente do Senado - mas nem ele conseguiria reunir os senadores neste momento, ponderou Demóstenes.


O vice-líder do PT, senador Eduardo Suplicy (SP), afirmou à Agência Senado na manhã desta quarta que, antes da próxima reunião da CCJ, vai entrar em contato com a ministra da Casa Civil para questioná-la sobre a possibilidade de prestar os esclarecimentos ao Senado. Assinalou, no entanto, que vai solicitar a alteração do texto do requerimento, para que a palavra "convocação" seja substituída por "convite".


- Acho que a vinda da ministra é de bom senso para os devidos esclarecimentos. A própria Erenice já se colocou à disposição do Conselho de Ética Pública e pediu a quebra de seus sigilos bancário e telefônico para esclarecimento do episódio - disse Suplicy.


Denúncia


A denúncia envolvendo Israel Guerra e integrantes do governo foi divulgada na edição de 15 de setembro da revista Veja. Segundo a revista, pela intermediação em operação da empresa MTA Linhas Aéreas com os Correios, Israel teria recebido R$ 5 milhões a título de "taxa de sucesso".


A MTA teria feito o pagamento à Capital Assessoria e Consultoria, de propriedade de Saulo Guerra, outro filho da ministra Erenice Guerra, e de Sônia Castro, mãe de um então assessor jurídico da Casa Civil. Em entrevista, o representante da MTA, Fábio Baracat, teria afirmado que manteve, inclusive, encontro com a ministra no apartamento funcional de Erenice Guerra em Brasília.


Ao comentar as denúncias, Demóstenes opinou que a ministra deveria ser demitida ou, pelo menos, afastada do cargo até o final das investigações.


- Não sou Presidente da República e tão pouco conselheiro do presidente Lula, mas era o que eu faria - afirmou Demóstenes à Agência Senado.


O senador lamentou ainda que fatos como esses estejam acontecendo "de forma sistemática" no Brasil. Mesmo não descartando que as denúncias tenham "cunho político" ele considera a possibilidade de que se trate de "corrupção".


Requerimento


No requerimento protocolado na CCJ, Alvaro Dias afirma que a reação da ministra diante das reportagens foi de apenas ofender a revista e os autores da matéria, em vez de prestar os esclarecimentos necessários sobre esta e outras denúncias.

Palavras-chave: Convocação Ministra Companhias Privadas Governo Federal

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1 Comentários

Fátima Marinho Servidora Pùblica16/09/2010 11:31 Responder

Após as eleições? Já sabemos muito bem o que ocorrerá, não ficará nada provado, a Sra Ministra da Casa Civil ficará tranquila, e mais, com \\\"alguns\\\" parentes em cargos com salários gordos. Caso isso não ocorra, será um grande milagre!rsrsrsr

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