Com cerca de oito horas de júri presidido pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa sete jurados condenaram Rafael Monteiro Castanheira Iglesias Filho, 25 anos, ex-estagiário da Justiça Militar, na área de Informática, por tentativa de assassinato praticado em Bruna Monteiro Leray Silva, 23 anos. A pena aplicada ao réu de 28 anos de prisão será cumprida em regime inicial fechado no presídio da Região Metropolitana de Belém, onde se encontra custodiado desde a data do crime.

O réu ouviu a sentença sem esboçar qualquer reação.  Familiares do réu e mãe da vítima acompanharam o júri no plenário do Fórum de Belém, ao lado estudantes de direito e alunos do promotor de justiça.  A vítima não compareceu para depor mas foi exibidia a mídia gravada da audiencia

No total foram ouvidas quatro depoimento de testemunhas, dois deles de peritos criminais que trabalharam no caso. Os informantes responderam perguntas formuladas pela acusação e pelas advogadas Ivanilda Pontes e Elva Coelho habilitadas pela defesa do réu. A tese defensiva apresentada aos jurados foi a desclassificatória de tentativa de homicídio qualificado para lesão corporal, para efeito de redução da pena.  

Ao se manifestar na tribuna o promotor de justiça destacou na tese acusatória os bilhetes do réu enviados à vítima dando conta do seu inconformismo com o fim do relacionamento e ameaças a ex-namorada.  Num dos bilhetes o réu se apresentava  como um “psicopata controlado” e que a namorada estaria “no seu fim”.

O promotor criminal exibiu o vídeo da audiência de instrução em que a vítima relata a situação que enfrentou com o réu. “A vítima e seus familiares estão amedrontados por temerem represália por parte do réu e de seus familiares.

Consta na acusação que o réu nos dias 13 e 14 de março de 2013, o réu após término do namoro foi procurar a ex-namorada, no conjunto Marex, bairro de Val-de-Cans a pretexto de deixá-la em paz a partir de então atraiu a universitária até seu carro e sob ameaça de faca obrigou a jovem a entrar no carro levando-a ao seu apartamento, amarrou e amordaçou a garota no seu quarto mantendo por cerca de 24 horas, em cárcere privado.

A jovem conseguiu fugir do apartamento apanhou um taxi rumando pra sua casa, tendo o réu indo no seu encontro em carro próprio atropelando a garota e após desceu do carro e tentou estrangular a jovem, sendo tirado de cima da vítima pelo taxista e mais seis populares que estavam nas proximidades.  Em cerca de trinta minutos policias e paramédicos chegaram ao local tendo sido preso em flagrante o réu e a vítima encaminhada para um hospital de urgência, onde foi socorrida.