Como trabalhar a mediação de conflitos em todos os tipos de negócios sem complicações ou prejuízos

Facilitar os diálogos que muitas vezes podem parecer infrutíferos.

Fonte: Annemarie Richter

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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

A Mestre em Mediação e Resolução de Conflitos, Annemarie Richter, atua há mais de 15 anos estabelecendo relacionamentos entre empresas e comunidades e possui cursos especialmente desenvolvidos para facilitar os diálogos que muitas vezes podem parecer infrutíferos. O cerne de seu trabalho é ensinar os processos para facilitação e resolução de problemas que, muitas vezes, parecem irresolvíveis.

De acordo com a professora e consultora, a situação conflitiva é subjetiva, embora possam existir causas que, por si só, justifiquem o conflito, ele só surge se essas causas forem “sentidas” como tal pelos sujeitos. Se ninguém tem consciência que há um conflito, ele não existe.

Outro ponto a ser levado em consideração é a importância que valores pessoais e culturais tem na percepção dos conflitos e no modo como as pessoas buscam a sua resolução. Conflito são construções históricas e culturais. São crises nas interações humanas. E, para tais é preciso enxergar que cada conflito possui seu lado objetivo e seu lado subjetivo.

O lado objetivo mostra o que está em disputa, as necessidades aparentes ou aquilo que é entendido como necessidade. Já o subjetivo traz sentimentos, necessidades, valores, interesses, preocupações, desejos, expectativas, frustrações e muito mais. Os conflitos podem ser destrutivos ou construtivos e, para resolvê-los primeiro é preciso compreendê-lo.

"O conflito possui uma força intrínseca que, se canalizada pode ser muito produtiva – pensemos em tudo que aprendemos a partir da necessidade gerada por conflitos, por restrições, por exemplo. Só que todos nós temos preconceito com o conflito porque não paramos para analisar o que ele tem a nos ensinar sobre o outro e, principalmente, sobre nós e é aí que podemos crescer, aprender e nos desenvolver”, ensina Annemarie Richter.

Segundo a especialista, para participar de um diálogo produtivo e propositivo é preciso preparação, dedicação na compreensão de pessoas interessadas, temas, acertos e erros corporativos, possibilidades e obstáculos, pontos de convergência e divergência. É preciso também despender tempo na preparação do diálogo para evitar desperdício de tempo e energia com judicialização de processos. “Tempo é o novo luxo, um recurso que, se despendido, não volta, não há como repor”.

Guia para Transformação de Conflitos e Olhares Socioambientais

Em junho, Annemarie lançou o livro “Guia para Transformação de Conflitos e Olhares Socioambientais” (2021 – editora Gulliver), voltado para todos os profissionais, ou melhor dizendo, para todas as pessoas que precisam lidar com relacionamento e mediação de conflitos no dia a dia.

O Guia é um livro técnico porém de fácil leitura, bastante palatável para todos os públicos, com muitas dicas e insights da autora, assim como exemplos ricos e analogias que facilitam a compreensão do conteúdo. O livro, entre diversos outros aspectos, fala um pouco mais sobre as pessoas, pois não lidamos e conversamos com prédios, casas e empresas e sim – sempre – com pessoas e a importância da escuta.

O livro ainda apresenta uma breve compreensão sobre os conflitos e a sua lógica de desenvolvimento e os quesitos mais importantes para a transformação dos conflitos – reenquadramento e competências socioemocionais –, além de um roteiro simples para identificar as emoções mais desafiadoras.

“Invariavelmente, relacionamentos trazem conflitos. Podem existir relacionamentos que não percebem, não tratam ou escondem muito bem os conflitos, mas eles sempre estão presentes. Não existe relacionamento sem conflito. Como gosto muito de falar, existem somente três certezas na vida: nascer, conflitar e morrer. É preciso perder o medo do conflito e aprender com ele”, finaliza Annemarie.

Palavras-chave: Mediação Conflitos

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