A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou por 20 votos contra um o nome de Antonio Fernando Barros e Silva de Souza para o cargo de procurador-geral da República. Souza afirmou que seu trabalho seguirá a linha de seu antecessor, Cláudio Fonteles: "apartidário, isento e sério".

Para que seja nomeado ao cargo, a indicação ainda será submetida ao plenário do Senado. "Prefiro falar depois que sair a nomeação, mas eu e o Fonteles temos um trabalho juntos, e, certamente, seguirei essa linha séria que já vem sendo empregada, de cumprimento das atribuições constitucionais", disse.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse nunca ter visto tanta independência na atuação de um procurador-geral como a de Cláudio Fonteles. "O presidente Lula acertou na indicação porque assim como o atual procurador-geral, Antonio Souza também vai primar pela imparcialidade. Antes, nós tínhamos à frente da Procuradoria um homem chamado de engavetador e, nesse momento, com tantas CPIs, o que precisamos é de transparência e isenção", afirmou.

Já o líder do PFL, senador José Agripino (RN), afirmou que o país espera muito da atuação do procurador-geral da República no atual momento político, lembrando os trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios, criada para investigar as denúncias de corrupção na estatal.

Natural de Fortaleza (CE), Antonio Silva de Souza é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Foi empossado procurador da República em março de 1975. Atualmente, era vice-procurador-geral da República.