Brasil não é grande consumidor de drogas, segundo relatório da ONU

O Brasil é apontado como modelo pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC) no combate à disseminação da Aids entre usuários de drogas injetáveis.

Fonte: O Globo

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BRASÍLIA - O Brasil é apontado como modelo pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC) no combate à disseminação da Aids entre usuários de drogas injetáveis. Segundo o relatório divulgado nesta sexta-feira, em 1994, 24,5% dos casos da doença eram registrados entre usuários de drogas.

No ano passado, esse índice caiu para 2,1%, o que mostra a eficácia dos programas e campanhas realizados pelo Ministério da Saúde. O escritório da ONU destaca que o Brasil é o primeiro país em desenvolvimento a distribuir medicamentos retrovirais na rede pública.

O relatório compara o consumo de drogas em doze países: Brasil, Estados Unidos, México, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Espanha, Reino Unido, Holanda, Austrália e África do Sul. Segundo o estudo, o Brasil não é um grande mercado consumidor de drogas. Exatamente por isso, o escritório da ONU alerta que as autoridades precisam ficar atentas porque o país é visto como um mercado propenso à ofensiva do tráfico internacional.

Segundo o estudo, o índice de pessoas que usam drogas no Brasil não é elevado, se comparado com os outros 11 países pesquisados. O Brasil é o penúltimo colocado no ranking dos países consumidores de cocaína, só ficando acima do Uruguai. De acordo com o relatório, 0,4% da população consome cocaína, contra 0,3% no Uruguai. O índice brasileiro é igual ao do México. Na Espanha, que lidera o ranking, 2,6% da população consomem cocaína, seguido pelos Estados Unidos, com 2,5%.

Quanto ao consumo anfetaminas, o Brasil também é o 11º, só ficando acima novamente do Uruguai. Segundo o relatório, 0,3% da população brasileira consome a droga. No consumo de maconha, o Brasil também é o penúltimo colocado, perdendo apenas para o México. No Brasil, 1% da população consome maconha, contra 0,6% no México. Na ponta do ranking de consumidores de maconha vem os Estados Unidos, com 11% de consumidores, seguido por Reino Unido, com 10,6%.

De acordo com o estudo, 4,7% da população mundial acima de 15 anos (3% da população global) consomem algum tipo de droga ilícita, um total de 185 milhões de pessoas. Maconha e haxixe são as drogas mais populares e são consumidas por 146 milhões de pessoas. Em seguida vem o consumo de anfetaminas e ecstasy, com 38 milhões de consumidores. O mercado consumidor de cocaína é estimado em 3,3 milhões de pessoas e o de heroína, em 9,2 milhões. Outras drogas derivadas do ópio são consumidas por 6 milhões de pessoas ao redor do planeta.

Segundo o relatório, as drogas derivadas do ópio são as que mais levam pessoas para os hospitais e representam 67% dos tratamentos na Ásia, 61% na Europa e 47% na Oceania. Na América do Sul, a cocaína é responsável por 60% dos atendimentos e, na América do Norte, por 29%. Na África, a maconha representa 65% dos tratamentos contra a dependência química.

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