Autor e advogado que questionaram débito existente são condenados por má-fé
Decisão é do juiz de Direito Conrado Machado Simão, do Juizado Especial Cível e Criminal de Sapezal/MT.
Autor e advogado que ajuizaram ação questionando débito que acabou sendo comprovado por operadora de telefonia são condenados por má-fé. Decisão é do juiz de Direito Conrado Machado Simão, do Juizado Especial Cível e Criminal de Sapezal/MT.
O autor ajuizou ação contra a Vivo em virtude de negativação de seu nome, alegando desconhecer qualquer débito com a operadora e requerendo indenização por danos morais.
Ao analisar o caso, no entanto, o juiz considerou que a pretensão não se mostrava devidamente comprovada documentalmente, e que a operadora apresentou provas da existência do débito.
“A parte ré, em contestação, logrou demonstrar a ilegitimidade da referida ação, demonstrando que não houve inserção indevida do nome do requerente no cadastro de inadimplentes.”
O magistrado pontuou que o Poder Judiciário encontra-se “assoberbado de processos com as chamadas demandas em massa”, os quais, em geral, são quase sempre cumulados com pedidos infundados de indenização por danos morais. Para o juiz, a ação ajuizada almejou lucro ilícito e o não adimplemento de obrigações.
Assim, por entender que a parte autora e seu patrono atuaram de forma temerária, condenou tanto o autor quanto o advogado ao pagamento de multa por litigância de má-fé.
O magistrado também determinou ofício à OAB/MT com cópia da sentença e petição inicial e com a informação do número de demandas ajuizadas por advogados do mesmo escritório que representou o autor na comarca de Sapezal.
Processo: 1000488-85.2018.8.11.0078
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