O senador Flávio Arns (PT-PR) homenageou os 150 anos de criação das ferrovias no Brasil e defendeu a retomada desse meio de transporte. Arns acredita ser necessário resgatar a memória histórica das ferrovias no país e fez apelo ao presidente da Casa, José Sarney, para ajudar os paranaenses a superarem as barreiras existentes junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e ao Ministério dos Transportes para autorizar o resgate da linha férrea existente entre Morretes e Antonina, no Paraná.

- Apenas resgatando nossa dívida com a memória histórica embarcaremos num trem em direção ao futuro promissor para o nosso país - disse Arns.

O senador lembrou que a primeira ferrovia brasileira foi criada por Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, e que a construção de estradas de ferro levou à criação de centenas de cidades. No fim da década de 50 o Brasil atingiu a marca de 38 mil quilômetros de ferrovias, contou. Mas, em seguida, observou o senador, começou a decadência desse tipo de transporte, com uma opção errônea dos governos de priorizar a indústria automobilística.

- O modal ferroviário é menos poluente, agride menos o meio ambiente, economiza combustível, reduz custos de manutenção e diminui o número de acidentes - afirmou.

O senador elogiou a iniciativa da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), que vem realizando importante trabalho de preservação da memória desse meio de transporte. Flávio Arns destacou ainda projeto que indica uma luz para o futuro do transporte por trens no país. Está sendo desenvolvido no Rio de Janeiro projeto para construção de trem de levitação supercondutora, que deverá ligar a capital fluminense a São Paulo em percurso de apenas uma hora, informou.