O advogado que teria fraudado documentos para receber herança de uma paciente terminal em BH, foi preso na última quarta-feira (18). Na delegacia, Antônio Ribeiro da Silva alegou que era inocente e que mantinha um relacionamento amoroso com a idosa.

Em novembro deste ano, Silva foi denunciado pela filha de Mariângela Freitas de Braga, que morreu há dois meses, aos 64 anos. Linda Freitas afirma que encontrou uma certidão de união estável de 25 anos com o advogado.

O homem teria roubado um documento da paciente com câncer durante uma visita ao hospital, enquanto a idosa ainda era viva. Após a descoberta, Linda conta que encontrou mais informações sobre o suspeito de fraude.

— Todos os processos que a gente está achando contra ele é estelionato em cima de cliente, é pegar cartão de senhor no hospital. Ele já deu prejuízo por muito tempo.

O processo está sendo investigado em segredo de Justiça pelo Fórum de Belo Horizonte. De acordo com a OAB (Organização dos Advogados do Brasil), o detido responde por 30 processos disciplinares.

Silva, no entanto, se defende das acusações. Ele conta que conheceu Mariângela no início dos anos 80, na faculdade de Direito. Segundo o suspeito, ele e a falecida viviam "harmoniamente [sic] como uma família sólida".

— Os processos que eu respondi foram criminais? Sim, mas por atrasos na devolução de processos. Eu não sou estelionatário. A minha vida inteira foi dedicada à Mariângela e aos filhos dela. Nós fomos em novembro do ano passado no cartório, a gente nem sabia da doença ainda. Era a mulher da minha vida.