Advogados de pai biológico de Sean vão recorrer da decisão do STF

Eles esperam que destino de menino seja definido na próxima semana. Supremo entra em recesso, mas atende a questões urgentes.

Fonte: G1

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Eles esperam que destino de menino seja definido na próxima semana. Supremo entra em recesso, mas atende a questões urgentes.

Os advogados do norte-americano David Goldman, pai biológico de Sean, de 9 anos, afirmaram, nesta sexta-feira (18), que vão recorrer da decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele concedeu liminar à avó materna do menino, Silvana Bianchi, garantindo sua permanência no Brasil.

A medida suspendeu a decisão do Tribunal Regional Federal da 2a Região TRF-2), que na quarta-feira (16) havia concedido prazo de 48 horas para que Sean voltasse para os Estados Unidos, para viver ao lado de David.

De acordo com Ricardo Zamariola, advogado de David, o STF poderá decidir sobre o direito à tutela do menino na próxima semana, a partir do recurso que ele apresentar nos próximos dias, em Brasília. Segundo ele, mesmo com o STF em recesso ? que terá início segunda-feira (21) ? há sessões para os casos urgentes.

?Estou trabalhando na liminar e pretendo apresentar isso o quanto antes. O recesso não quer dizer que o tribunal feche, ele atende somente a questões urgentes, que é totalmente o caso. Acredito que a decisão possa sair na próxima semana?, disse ele, afirmando que o norte-americano ficará no Rio de Janeiro até a decisão final do STF.

Presente de Natal

Mas para Marcos Ortiz, também advogado de David, o recesso pode prejudicar a definição do caso. Ele disse que David trouxe presente de Natal para Sean e pretende visitar o filho.

Segundo a porta-voz da Embaixada Norte-Americana, Orna Blum, David Goldman vai conceder entrevista na tarde desta sexta-feira (18). O Consulado Americano do Rio disse que está decepcionado com a justiça brasileira.

O G1 entrou em contato com o advogado da família Bianchi, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno.

David diz que foi covardia

Também decepcionado, David desabafou aos jornalistas horas depois de chegar ao Brasil. "Isso foi uma covardia. Eu tenho um imenso carinho pelo menino", disse o pai biológico, ao comentar a decisão do ministro Marco Aurélio, do STF.

O ministro determinou a permanência do garoto no Brasil a espera do julgamento de um habeas corpus impetrado pela avó brasileira de Sean, vigor até que o STF se manifeste no habeas corpus em que a avó do menino, Silvana Bianchi, que pede que a Justiça determine que seja tomado depoimento de Sean para que ele próprio decida entre deixar o país com seu pai biológico ou ficar no Brasil com a família brasileira. . A família brasileira comemorou a decisão.

David reafirmou que ainda tem esperanças de recuperar a guarda do filho. "Estou extremamente desgastado, mas tenho esperança. Meu filho está sofrendo uma pressão psicológica", desabafou. Ele chegou ao Brasil para encontrar o filho no início da tarde desta quinta.

Disputa

Sean mora no Brasil há quase cinco anos, quando veio dos Estados Unidos com a mãe. Já no Brasil, Bruna Bianchi se separou de David e se casou com o advogado João Paulo Lins e Silva. Em 2008, após a morte de Bruna, o padrasto ficou com a guarda provisória da criança. David Goldman, no entanto, entrou na Justiça e pede o retorno da criança aos Estados Unidos.

Desde então, pai e padrasto travam uma batalha jurídica pela guarda do menino. O caso começou na Justiça estadual do Rio e depois passou para a competência federal.

Goldman alega que o Brasil viola uma convenção internacional ao negar seu direito à guarda do filho. Já a família brasileira do garoto diz que, por ?razões socioafetivas?, ele deve permanecer no país.

Palavras-chave: Goldman

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