Jurados da 1ª Vara da Capital, sob a presidência do juiz Edmar Pereira, após julgamento condenaram Wagner Gil dos Santos Paixão, 29 anos, paraense, conhecido como Tnho, como autor da morte do estudante Daves Dyleno Gomes do Amaral, também de 18 anos. Por maioria dos votos os jurados reconheceram a responsabilidade criminal do acusado, acolhendo a tese acusatória da promotoria, representada pelo promotor de justiça José Maria Gomes dos Santos, que o crime foi praticado por motivo fútil e de surpresa. A pena aplicada ao réu de 16 anos de reclusão será cumprida em regime inicial fechado. Em razão de ter mandado de prisão expedido contra o acusado e pela sentença condenatória o juiz manteve o decreto de prisão em desfavor do réu.

Em defesa do acusado atuou a advogada Marilda Cantal, que apresentou as teses de que o réu agiu em legítima defesa própria e uma segunda desclassificatória para homicídio privilegiado, de que o réu agiu após ser provocado pelo grupo, sendo rejeitadas pelos jurados. 

Somente duas, de um rol de quatro testemunhas de acusação compareceram para prestar declarações perante os jurados compareceram. Uma delas um vigilante que incriminou mais o acusado narrando que este teria ido comprar a bebida (uma garrafa de rum) com outro colega de motocicleta e quando retornou Davis passou a fazer os gracejos de que além de não contribuir com a coleta, ainda, teria ficado com o troco. 

No interrogatório que consta no processo, o acusado assumiu que aplicou a facada no peito da vítima, mas, alegou que este teria lhe provocado e lhe agredido fisicamente por causa de um real, que havia sobrado do troco da coleta da bebida. Ainda, segundo o acusado este teria ido para casa de uma colega para lavar o rosto e ao retornar se deparou com Daves que estava na porta juntamente com outros colegas da rua, tendo um deles lhe segurado, e na ocasião Wagner desferiu uma única facada no peito do estudante.  

O crime ocorreu por volta das 19h, do dia 23/11/2000, na rua João de Deus entre Bernardo Sayão e Passagem Popular, periferia de Belém. Conforme a acusação vítima e réu estavam num aniversário juntamente com outros colegas, em dado momento convidados resolveram fazer uma coleta de dinheiro para comprarem mais bebida.