Fonte: Afonso Soares de Oliveira Sobrinho
Postado em 10 de Dezembro de 2013 - 18:40 - Lida 1050 vezes
Shakespeare, fé, razão, loucura: a lei, o direito e o peso dos julgadores tirânicos.
Entre a razão e a loucura há o caminho da lei acima do direito como normalização social pelos julgadores tirânicos ávidos pelo "sangue" de suas vítimas. O poder dos heróis que fazem justiça com as próprias mãos serve a lógica de sentir-se aliviados pelas injustiças cotidianas dos que veem negados seus direitos pela mesma mão opressora das elites. Ser e lutar, resistir ou nãoser e entregar-se? A fé, a razão, a loucura, a consciência (in) conformista aflige e consola indivíduos e multidões embebecidas pelo desejo de "ser parte" ao mesmo tempo em que têm negado esse direito. Os dilemas próprios da existência humana as dores, perdas, falibilidades humanas são tomadas pelas vaidades, desejo de poder a vingança privada assume o papel público. A espada que condena assume o controle das ações humanas, para além de quem se julga acima do bem e do mal consolando egos pela decisão sobre vidasno jugo opressor que atenta contra a própria democracia como base ética e plural
INTRODUÇÃO Nos tempos sombrios em que o homem busca um sentido para a vida, a fé norteadora de destinos impulsiona contrastes como naturais a vida, a morte se tornam banais. E o maniqueísmo alimenta a vontade de verdade; paixões assumem o juízo moral transvestido no bem e no justo como campo "ético". A consciência que consola é a mesma que condena ao sabor do desejo de decisão sobre vidas, e o controle sobre a liberdade ou o aprisionamento a qualquer custo. A construção Greco-romana de ...