Programa Diálogos Ambientais aborda mediação na gestão ambiental e projeto de coleta seletiva no Espírito Santo

Programa está disponível no canal oficial do CNMP no YouTube.

Fonte: Conselho Nacional do Ministério Público

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Programa Diálogos Ambientais aborda mediação na gestão ambiental e projeto de coleta seletiva no Espírito Santo


Programa está disponível no canal oficial do CNMP no YouTube


A mediação e a democracia deliberativa eletrônica na gestão ambiental e o projeto de coletiva seletiva e reconstituição da restinga na Ilha do Frade, no Espírito Santo, foram os temas da oitava edição do programa Diálogos Ambientais, realizada nesta quinta-feira, 26 de agosto, pelo canal oficial do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no YouTube


O promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) Marcelo Lemos (foto) ministrou a palestra “O MP como palco do consenso: a mediação e a democracia deliberativa eletrônica (E-democracia) como nova matriz da gestão ambiental (E-governança)”.


Lemos destacou que é dever das instituições promover, dentro de seus âmbitos, a possibilidade da maior participação eletrônica possível da sociedade. “Alguns dizem até que é uma ressignificação da representatividade. A E-democracia, o ciberespaço e a cibercultura são instrumentos tecnológicos importantes para a gestão ambiental do Ministério Público, do Poder Judiciário e da sociedade”.


O membro do MPES salientou que, diante de uma situação de autocomposição, prefere a mediação “porque a gente parte do princípio de que seus atores vão atuar de forma mais independente e com autonomia. Essa construção a posteriori intersubjetiva traz não só a estabilidade da relação jurídica, mas a permanência da relação de uma forma mais duradoura porque ela não é adversarial. E o instituto da mediação tem resolvido várias questões ambientais”.


Ilha do Frade

 

Na segunda palestra do programa Diálogos Ambientais dessa quarta-feira, a diretora de meio ambiente da Associação dos Moradores, Proprietários e Amigos da Ilha do Frade (Samifra), Talita Guimarães (foto), abordou o tema “Os projetos Ecofrade (coleta seletiva) e restinga (reconstituição da restinga), desenvolvidos para a proteção da APA da Ilha do Frade”.


Na ocasião, Talita apresentou a história e os resultados alcançados pelos projetos. Há três anos, a comunidade de Ilha do Frade, no Espírito Santo, decidiu, por meio de mapeamento participativo realizado pela associação de moradores, priorizar a reconstituição da restinga. Um dos resultados do projeto é a plantação de quase 6.200 mudas de espécies nativas.


O ecossistema de restinga exerce relevante papel físico-ambiental, constituindo uma barreira para as ressacas do mar e para a erosão das praias. Além disso, contribui para a biodiversidade local, ao abrigar importantes espécies da fauna (algumas em extinção) e da flora da Ilha do Frade, parte importante da Área de Proteção Ambiental Baía das Tartarugas.


Já o Projeto Ecofrade, conforme explicou Talita Guimarães, reúne esforços para implementar a coleta seletiva na Ilha do Frade, um dos pontos turísticos mais visitados e com maior biodiversidade do Espírito Santo. O local integra a primeira APA marinha capixaba.


Além da coleta seletiva, um dos grandes objetivos da iniciativa é envolver o público infantojuvenil na transformação socioambiental da ilha por meio do Clube de Observadores da Natureza. A oficina foi criada pelo Instituto Últimos Refúgios em 2019 e, desde então, vem sendo aprimorada para desenvolver a sensibilização ambiental com atividades práticas de contemplação e registro da natureza.


Talita concluiu que, “independentemente de comunidade, é preciso ter perseverança e paciência e achar várias formas a fim de mobilizar e sensibilizar as pessoas para se engajarem nos projetos”.


Projeto Diálogos Ambientais


As palestras de hoje foram apresentadas pela promotora de Justiça do Estado de Goiás (MPGO) e membro auxiliar da Comissão de Meio Ambiente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) Tarcila Santos (foto).


O projeto Diálogos Ambientais é uma iniciativa da CMA/CNMP, presidida pelo conselheiro Luciano Nunes Maia Freire.


Próximas edições do projeto Diálogos Ambientais


2 de setembro – 16 horas

Palestrante: Sandra Akemi Shimada Kishi  (procuradora regional da República - MPF/SP)

Título da palestra:  Os desafios da regulação de normas de referência em saneamento diante da nova Lei 14024/20, conhecida como novo marco legal do saneamento.

Palestrante: representante da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)


9 de setembro - 16 horas

Palestrante: Luciana Cardoso Pilatti Polli (promotora de Justiça - MP/SC)

Título da palestra: Programa legalidade ambiental e sustentabilidade, desenvolvido pelo Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente/MPSC

Palestrante: Valter Foleto Santin (procurador de Justiça - MP/SP)

Título da palestra: Ética da alteridade aplicada ao meio ambiente


15 de setembro – 16 horas

Palestrante: Márcia Bastos Balazeiro Coelho (promotora de Justiça - MP/PE)

Título da palestra: Acordos de não persecução penal e a Possibilidade de não responsabilização de prefeitos e gestores municipais por descumprimento da Lei de Resíduos Sólidos. Uma perspectiva frente à novel legislação

Palestrante: Ricardo Van Der Linden Vasconcelos Coelho (procurador de Justiça - MP/PE)

Título da palestra: Improbidade administrativa ambiental


Veja aqui a íntegra do programa de hoje.


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Palavras-chave: Programa Diálogos Ambientais Abordagem Mediação Gestão Ambiental

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