Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul nega indenização por cirurgia bariátrica cancelada

A autora iria passar por um procedimento eletivo de redução de estômago, sem urgência ou emergência. A intervenção, no entanto, foi cancelada em razão da indisponibilidade de perneiras de retorno venoso, equipamento necessário ao ato cirúrgico.

Fonte: TJRS

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O 2º Juizado da 1ª Vara Cível de Canoas julgou improcedente ação contra a Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Rio Grande do Sul, mantenedora do Hospital Ernesto Dornelles, movida por uma paciente cuja cirurgia fora cancelada minutos antes do horário marcado. A autora iria passar por um procedimento eletivo de redução de estômago, sem urgência ou emergência. A intervenção, no entanto, foi cancelada em razão da indisponibilidade de perneiras de retorno venoso, equipamento necessário ao ato cirúrgico.


Caso


A paciente alegou ter sofrido dano moral, pois teria entrado em jejum e realizado os preparativos que antecedem o procedimento. Argumentou ainda estar "profundamente abalada com a situação, pois o Hospital poderia ter constatado a impossibilidade de realizar o procedimento naquele dia, prevenindo a situação aflitiva".


A ré defendeu-se afirmando que o cancelamento da cirurgia deu-se "em total benefício à saúde da paciente autora (...) diante da constatação de defeito em equipamento essencial ao ato cirúrgico".


O Juiz de Direito Geraldo Anastácio Brandeburski Júnior, que proferiu a sentença, considerou que não houve prática de condutas inadequadas por parte dos médicos e de funcionários do hospital. Também argumentou que "sem o equipamento, não havia como o procedimento cirúrgico prosseguir, sob pena de se colocar em risco a vida da paciente", fato confirmado pelo médico da autora da ação.


O magistrado analisou que a instituição "tinha a obrigação legal de cancelar/adiar a cirurgia, para salvaguardar a vida da autora", não havendo imperícia, negligência ou imprudência no processo. O Juiz concluiu: "ainda que compreensíveis os dissabores vivenciados pela demandante em razão do cancelamento da cirurgia, tal fato, por si só, não é capaz de gerar o dever de indenizar".


A cirurgia foi realizada um mês após o ocorrido.


Cabe recurso da decisão


Processo nº 008/1.11.0007852-0

Palavras-chave: Cirurgia Bariátrica Indenização Dano Moral Benefício

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