Sarney anuncia redução em 50% do número de diretores do Senado

Em solenidade realizada, na manhã desta quarta-feira (18), na Sala de Audiências, o presidente do Senado, José Sarney, anunciou que pretende reduzir em 50% os cargos de diretor da instituição. Sarney também anunciou que, a partir de agora, os detentores desses cargos serão escolhidos por sistemas de avaliação de mérito, método que também será aplicado aos servidores da Casa.

Fonte: Agência Senado

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Em solenidade realizada, na manhã desta quarta-feira (18), na Sala de Audiências, o presidente do Senado, José Sarney, anunciou que pretende reduzir em 50% os cargos de diretor da instituição. Sarney também anunciou que, a partir de agora, os detentores desses cargos serão escolhidos por sistemas de avaliação de mérito, método que também será aplicado aos servidores da Casa.

No início da noite, a assessoria da Presidência da Casa divulgou uma lista com 181 cargos que integram a estrutura administrativa e gerencial da Casa, entre os quais estão citados diretores, diretores-adjuntos, coordenadores, além de outros cargos. O número de ocupantes desses cargos inicialmente divulgado chegaria a 136.

O presidente deu essas informações pouco antes de assinar protocolo de intenções com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para cooperação naquilo que ele definiu não como uma reforma administrativa, mas como uma reestruturação profunda do Senado. Sarney lembrou que, na última vez que presidiu a Casa, adotou medidas modernizadoras que inseriram a instituição na era da comunicação.

- Nosso objetivo agora é, com a nova reforma, ter uma seleção (de funcionários) pelo mérito nesta Casa. Ocupar as diretorias da Casa também numa seleção pelo mérito. E, ao mesmo tempo, vamos dar ao Senado uma estrutura administrativa capaz de servir a uma instituição que é das mais importantes do país. O país muito deve a ele. Foi aqui no Senado que se fez a unidade nacional.

Sarney se referiu a problemas surgidos na parte administrativa da Casa, dizendo que antecedem sua chegada à Presidência, ocorrida há um mês e meio. E listou todas as providências adotadas desde que tomou posse, no dia 2 de fevereiro. Deixou bem claro também que não tem ambições políticas na condução desse processo de modernização.

- Eu não tenho mais nenhuma aspiração política, senão cumprir o último mandato da minha vida e agradecer a Deus os anos que ele me deu para poder chegar a essa idade cumprindo tantos mandatos e, ao mesmo tempo, presenciando e sendo protagonista de alguns momentos da História do Brasil. Portanto, irei fazer o que for necessário para o Senado, o que for necessário para as nossas instituições legislativas. E para isso estamos convidando a Fundação Getulio Vargas. Ela tem carta branca total para agir.

Nessa solenidade, Sarney lembrou que foram as ideias liberais que construíram o Brasil. Ao contrário da América espanhola, que se construiu à custa de batalhas e guerras, observou ele, aqui o país foi construído "pelo poder civil, pelo poder político, que é a síntese de todos os poderes". Então, dentro dessa estrutura, afirmou, essa é a tradição do Senado, "que produziu tão grandes homens, tão grandes estadistas e que continua tendo quadros excelentes na política nacional".

No momento em que tantas críticas são feitas pela imprensa à instituição, Sarney disse que o Senado precisa "sair fora dessa discussão menor". Também falou do seu estilo de ação.

- Não é do meu temperamento ser a palmatória do mundo. Nem é do meu temperamento também fazer as coisas de uma maneira ostensiva. Mas é do meu temperamento fazer as coisas certas no momento devido, com a energia que for necessária. Tem sido sempre assim ao longo da vida.

Palavras-chave: senado

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