PSOL protocola na Câmara dos Deputados pedido de impeachment do presidente Michel Temer

Para o líder do partido na Câmara, Ivan Valente (SP), presidente cometeu 'crime de responsabilidade' ao se envolver numa questão particular do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Fonte: Estadão

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O PSOL protocolou nesta segunda-feira, 28, um pedido de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) com base nas denúncias feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. Para o líder do partido na Câmara, Ivan Valente (SP), Temer cometeu “crime de responsabilidade” ao se envolver numa questão particular do ex-ministro Geddel Vieira Lima.


O deputado também afirmou que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deveria analisar com cuidado o caso antes de decidir se vai aceitar ou não a denúncia. “Espero que a Câmara abra o processo de impeachment. O presidente da Câmara tem que levar esse caso a sério. A possibilidade de a insatisfação popular crescer é grande”, afirmou.


Segundo Ivan Valente, Temer não apenas foi “condescendente” com Geddel, como agiu em favor do aliado para que fosse resolvido o impasse da liberação do empreendimento imobiliário em Salvador (BA), onde Geddel comprou um apartamento. O deputado afirmou ainda que o presidente “se atolou” quando disse que atuou para resolver um eventual “conflito” entre órgãos do governo. “O problema particular de Geddel se tornou um problema da cúpula do governo”, disse.


Na visão do deputado, Temer “de certa forma” ameaçou o ex-ministro da Cultura, quando o "enquadrou" a encontrar uma solução para a questão, remetendo o caso à Advocacia Geral da União (AGU).


A peça protocolada pelo PSOL na Mesa da Câmara nesta segunda-feira tem 23 páginas. Cabe a Maia, aliado de Temer, decidir se deflagra ou não o processo de impeachment.

Palavras-chave: PSOL Impeachment Michel Temer Marcelo Calero "Crime de Responsabilidade" Geddel

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1 Comentários

Jesualdo Macena Menezes Economista29/11/2016 13:11 Responder

A iniciativa do PSOL é louvável. A intenção é salutar. Todavia, à luz da razão, o pedido certamente não irá prosperar. Relembrem, nobres leitores e comentaristas, que no início da crise o ex-ministro Geddel tinha amplo apoio dos presidentes das casas legislativas (Senado e Câmara), bem como do Chefe do Poder Executivo (Michel Temer) e, também, dos líderes dos principais partidos que dão sustentação política ao governo. O ministro só deixou a pasta ministerial em função da ampla divulgação do fato reprovável e consequentemente do desgaste do governo. E, à luz do bom senso, seria um processo cansativo, moroso e incompatível com o mandato tampão do atual presidente. E mais: não creio que os movimentos sociais tenham ainda o mesmo fôlego que os anteriores. A magnitude não seria a mesma. E tudo isso decorre de um empreendimento imobiliário...SERIA SÓ ESSE O MOTIVO para tanto alvoroço político? O Sr. Geddel saiu do governo. Não me parece que ele foi exonerado do cargo. O governo não correria esse risco. O que leva um ministro a ser tão forte (pelo menos no início da crise) a ponto de ter sido contemplado com amplo apoio dos chefes das casas legislativas (Senado e Câmera)??Apoiado, também, pelo próprio Chefe do Executivo e pelos líderes dos principais partidos que dão sustentação ao governo. Só "caiu" porque os fatos tornaram-se amplamente evidentes. Fartamente notórios. O eleitor terá que "engolir" mais este fato político vergonhoso. Até quando?? Entendo que o IMPEACHMENT não é a solução. O equacionamento do fatos passa, necessariamente, pela RENÚNCIA (honrosa e altiva) do Sr. Presidente da República MICHEL TEMER. Duvido, no entanto, que ele venha a adotar tal postura.

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