Polícia Civil indicia 4 por injúria racial contra goleiro Aranha

Torcedores podem ser condenados a penas de até 3 anos de prisão

Fonte: Exame

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul anunciou nesta terça-feira que quatro torcedores do Grêmio foram indiciados por injúria racial contra o goleiro Aranha, do Santos, como resultado do inquérito investigado.


O delegado Cleber Ferreira informou em entrevista coletiva que a lista é composta pela torcedora Patrícia Moreira, jovem que foi gravada pela televisão chamando o jogador de "macaco", além de Rodrigo Rychter, Fernando Ascal e Éder Braga.


A polícia tem imagens de outros quatro torcedores insultando ou fazendo gestos ofensivos para Aranha, mas ainda não foram identificados, por isso ainda não serão acusados.


Durante a investigação, que continua em andamento, a polícia analisou três horas de vídeo e contou com a ajuda de especialistas em leitura labial.


Os quatro torcedores podem ser condenados a penas de até três anos de prisão e ser obrigados a se apresentar na delegacia no horário das partidas, segundo o delegado.


O incidente que gerou enorme repercussão ocorreu na partida entre Grêmio e Santos, válido pelo jogo de ida das oitavas da final da Copa do Brasil, no dia 28 de agosto, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.


Aos 42 minutos do segundo tempo, o goleiro Aranha se queixou para o árbitro Wilton Pereira Sampaio quando foi insultado e a partida foi interrompida por alguns minutos.


O Superior Tribunal de Justiça Esportiva (STJD) puniu o Grêmio com a perda de três pontos pelo episódio envolvendo sua torcida, o que resultou a eliminação automática da competição.


Patrícia Moreira, a torcedora que mais foi exposta pela imprensa, perdeu o emprego depois do incidente e teve a casa apedrejada e parcialmente incendiada.

Palavras-chave: injúria racial crime de racismo direito penal

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