O novo Direito: digital e célere

Com Inteligência Artificial, programação e audiências virtuais, o novo mercado do direito tem transformado a profissão e busca um perfil diferente de advogado.

Fonte: Enviado por Fernanda Pascual Müller

Comentários: (0)



Reprodução: pixabay.com

Em comemoração ao Dia do Advogado (11.8), algumas questões acerca da profissão ficam evidentes, sobretudo com as consequências provenientes da pandemia – responsável pela catalisação de certos processos. Exemplo disso é o uso, cada vez mais rotineiro, da Inteligência Artificial, Big Data, entre outras tecnologias aplicadas ao Direito, resultando na automatização de decisões judiciais, análise e elaboração de contratos, plataformas para disputas online e assim por diante.


“Hoje, é fundamental que o advogado tenha expertise básica sobre determinadas ferramentas para realizar atividades, como: processos virtuais e eletrônicos, acessos a plataformas de dados, certificação digital, assinaturas digitais, entre outras”, pontua Leone Pereira, coordenador da Área Trabalhista e professor do Damásio Educacional e sócio no escritório Pereira Marineli Rodrigues Advogados.


Esse movimento ganhou ainda mais força com a pandemia, é o que mostra uma pesquisa realizada com a CESA e a AB2L(*): em 94% dos escritórios analisados a demanda caiu entre 20% e 70% durante o período de isolamento e distanciamento social. É fato que a rotina mudou e todos tiveram que se adaptar. Advogados foram para o home office, clientes tinham que ser atendidos remotamente, audiências foram para o online, reuniões viraram videoconferências, marcas concretas de um movimento que transformou uma das profissões mais tradicionais do mercado.


Os prós e os contras, segundo Leone Pereira, são os processos mais céleres e efetivos, além do ambiente digital trazer uma pesquisa mais apurada e permitir a comparação de julgamentos de forma mais detalhada, enquanto o aspecto negativo se resume à falta de sentimento. “Muitos dizem que quanto mais tecnológico, menos sentimental o julgamento será, o que faz falta para o juiz, que precisa disso para ter o feeling”, explica o especialista.


Mas, mesmo antes do mundo entrar em quarentena, a carreira dos advogados já estava sendo impactada pelas mudanças que ferramentas como Inteligência Artificial (IA), programática (que auxilia na automação de formulação de documentos, além de ampliar o mercado de atuação) e algoritmos (o big data é aplicado à análise de dados tanto de processos quanto de clientes) trouxeram para esse mercado. 


E para atuar nele, Pereira explica: “No contexto da Advocacia 5.0, que envolve as mais diversas novas tecnologias, é fundamental que o advogado conheça bem sua área de especialidade e dialogue com as outras, sem esquecer do conhecimento sobre a tecnologia”.


É fato que esse novo mercado vem crescendo, no entanto, apenas 22% dos escritórios ouvidos pela pesquisa da CESA e AB2L utilizam alguma solução tecnológica oferecida por lawtechs ou legaltechs, a exemplo das ferramentas de IA ou servidores em nuvem. 


Os escritórios que já trabalhavam de forma mais virtual colheram frutos durante esse período, mas a maioria teve que acelerar mudanças e digitalizar as reuniões e atendimentos, realizar audiências on-line e disponibilizar seus arquivos e acessos na nuvem para que os funcionários tivessem as informações necessárias a distância.


(*) http://www.cesa.org.br/resultado_do_levantamentoo_impacto_do_covid-19_nos_escritorios_de_advocacia


Enviado por Fernanda Pascual Müller, Comunicação e assessoria de imprensa.

Palavras-chave: Novo Direito Digital Inteligência Artificial Pandemia Automatização Decisões Judiciais

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/o-novo-direito-digital-e-celere

0 Comentários

Conheça os produtos da Jurid