Ministério da Fazenda não pode investigar BBOM, decide juiz

Desembargador concedeu liminar que impede secretaria do Ministério da Fazenda de investigar BBOM, suspeita de pirâmide financeira, crime que magistrado não vislumbra

Fonte: Exame

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A Justiça Federal de Brasília concedeu liminar proibindo que a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) do Ministério da Fazenda continue as investigações sobre as atividades da BBOM, empresa acusada pelo Ministério Público de praticar pirâmide financeira.


O fato foi comemorado pela companhia em seu site.


Apesar do processo referente ao crime de pirâmide não ser de sua competência, já que corre em Goiás, o magistrado defendeu ainda não vislumbrar a prática ilegal pela Bbom.


Ele segue a visão da empresa, que afirma praticar o chamado marketing multinível, quando o negócio não é sustentado pela adesão de novos sócios.


“O modelo da empresa faz lembrar inúmeras outras operações, e, como já mencionado, especialmente na indústria de cosméticos, também traz à memória a figura de muitas pessoas que, além de consumidoras de cosméticos, também passam a vendê-los, integrando-se a uma rede de distribuição e recebendo variados benefícios por isso”, diz o juiz António Cláudio Macedo da Silva, da 8ª Vara Federal de Brasília.


As investigações do Ministério da Fazenda deverão ser interrompidas porque o magistrado não vê qualquer prática contra a livre concorrência que seja de alçada do governo. Até mesmo porque, alega, a secretaria não tem a atribuição de averiguar “problemas relacionados a marketing muítinível”.


Antes da Bbom, a TelexFREE havia sido alvo das investigações da SEAE, que soltou uma nota em que afirma ter detectado graves indícios de pirâmide financeira no esquema da empresa. Depois, o texto foi retirado do site do órgão por uma decisão judicial.


Na decisão, ocorrida na última sexta-feira, o magistrado alerta que um fato semelhante para a BBOM poderia “afetar séria e irreversivelmente a vida de uma empresa e de inúmeras pessoas que estão integradas à sua rede de distribuição”.


Pirâmide


A BBOM é acusada de operar sob o esquema de pirâmide financeira, conhecido por oferecer remuneração aos vendedores não pela venda de produtos, mas pela cooptação de novos pessoas para a equipe. O sistema se mantém pela contínua adesão trabalhadores, remunerando bem apenas o (pequeno) grupo que chega primeiro, ruindo quando o fluxo de novas entradas chega ao limite.


A BBOM nega e afirma que pratica marketing multinível, quando a renda dos envolvidos tem lastro no comércio dos produtos. No caso, rastreadores veiculares.

Palavras-chave: bbom pirâmide financeira Marketing multinível

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2 Comentários

Katia consultora12/11/2013 17:02 Responder

Acho um absurdo o que estão fazendo com a bbom, uma empresa seria,embrasystem a 7 anos com rastriadores, so quis implantar um método de bonificação, que mal nisso? só pq as pessoas podem ganhar dinheiro com isso?Poxa, q injustiça,os concorrentes,dizer colúnis.Q modo mais horrivel de puxar o tapete dos outros.Gente tem espaço para todos, é só trabalhar como eles, que não dormem de madrugada,vão trabalhar também,poxa.

Katia consultora12/11/2013 17:03 Responder

Bbom é uma empresa séria,senão não atuaria no mercado a 7 anos,poxa.

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