Micro barato chega às lojas e setor prevê até dobrar vendas

Fonte: Folha Online

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Os consumidores já começaram a encontrar microcomputadores até 10% mais baratos por causa do programa de inclusão digital "Computador Para Todos", recém-lançado pelo governo Lula. Produtos de até R$ 2.500 estão livres da cobrança de tributos (PIS/Pasep e Cofins).

As principais redes de varejo, como Extra, do grupo Pão de Açúcar, e Magazine Luiza, fazem avaliações otimistas sobre o potencial de aumento das vendas devido à isenção fiscal. As fabricantes, como a Positivo Informática e a Novadata, já falam em reforçar a produção para evitar a falta de micros nas lojas.

A tendência é a procura por máquinas cresça mais ainda após o lançamento de uma linha especial de financiamento pelo governo --previsto para julho. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pretende cobrar juros menores nos empréstimos liberados às redes de varejo.

O banco público ainda finaliza as regras da nova linha de crédito, mas já está definido que apenas as máquinas de até R$ 1.400, com configuração pré-determinada, serão financiadas a taxas menores. Com o crédito mais barato, as lojas prometem repassar o benefício aos consumidores, reduzindo os preços.

"O varejo está muito interessado. As grandes redes já entraram em contato. É certo que elas vão aderir ao plano", diz Mauricio Neves, chefe interino de departamento da indústria eletrônica do BNDES.

O Extra informa ter sido a primeira rede a repassar a isenção fiscal ao público e que, no final de semana de estréia do programa (dias 18 e 19), houve incremento de 30% no volume de micros comercializados em relação ao final de semana anterior.

"Não sabemos se todo esse aumento está relacionado ao programa, porque também temos nossas próprias promoções. Mas com certeza a isenção dos tributos influencia positivamente as vendas", afirma Rita Bellizia, gerente de categoria eletro do grupo Pão de Açúcar.

O Magazine Luiza pretende dobrar o número de micros vendidos em até três meses. Para esse mesmo período, o Extra estima aumento de "pelo menos" 70%.

"O consumidor tem de estar por dentro do mercado para identificar as lojas que tiraram o PIS e Cofins do preço final do produto", diz Fabricio Bittar Garcia, gerente de compras do Magazine Luiza.

A Positivo Informática projeta alta de 50% no volume de vendas, de 30 mil para 45 mil unidades por mês. Esse número inclui apenas os micros que custam menos de R$ 2.500. As máquinas com configuração pré-determinada e preços abaixo de R$ 1.400 --categoria a ser financiada a juros reduzidos-- devem somar 10 mil por mês. Esse micro é vendido nas lojas Ponto Frio pelo preço sugerido de R$ 1.399.

"A isenção dos tributos será a principal responsável pelo aumento das vendas. Isso porque há muitas opções de máquinas por até R$ 2.500, e os usuários vão preferir comprar nas lojas do que no mercado cinza", diz Hélio Rotenberg, diretor da Positivo Informática.

Já a Novadata pretende duplicar a quantidade de máquinas vendidas para o varejo, atingindo 10 mil PCs com preço inferior a R$ 1.400 --esses modelos já estão no Extra. "Estamos nos preparando há alguns meses para a colocação do programa em prática. Fizemos um planejamento antecipado para podermos atender a demanda dos novos compradores de micros", diz Ricardo do Carmo, diretor comercial da Novadata São Paulo.

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