Justiça suspende remoção de moradores do Cingapura

Interdição havia sido determinada pela Justiça, a pedido do Ministério Público, devido ao risco de explosão por conta da presença de gás metano no subsolo

Fonte: Folha Online

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Após audiência na tarde desta terça-feira, a Justiça decidiu que as famílias que moram no conjunto habitacional Cingapura da avenida Zaki Narchi, na zona norte de São Paulo, não precisam ser removidas.


A interdição do local havia sido determinada pela Justiça na última sexta (7), a pedido do Ministério Público, devido ao risco de explosão por conta da presença de gás metano no subsolo. No entanto, agora, a Justiça avaliou que prefeitura tem adotado providencias e que o risco é controlado.


A reunião teve a presença de um morador, técnicos da Cetesb (órgão ambiental paulista), representantes do Ministério Público e da prefeitura. Todas concordaram com a permanência das famílias no conjunto habitacional.


O Cingapura fica perto do shopping Center Norte, que foi fechado pela prefeitura pelos mesmos motivos, mas reabriu após a instalação de novos drenos de gás.


Ontem, a Prefeitura de São Paulo entrou com recurso contra a desocupação do Cingapura, que tem 2.787 moradores.


Hoje, a prefeitura começou a instalar drenos para retirada de gás metano do subsolo do conjunto habitacional.


Em nota divulgada ontem, a Cetesb já havia informado que não havia risco iminente de explosão na creche Nair Salvado, que fica no Cingapura. O órgão afirmou que avaliações já feitas nos apartamentos e térreos do conjunto habitacional, sob responsabilidade da Secretaria da Habitação, não detectaram a presença de metano.


Para evitar a remoção, moradores do Cingapura realizaram um protesto na segunda, com interdição da avenida Zaki Narchi. No início da manifestação, algumas pessoas jogaram pedras em ônibus, segundo a polícia.


INVESTIGAÇÃO


O Ministério Público deve instaurar um procedimento para reunir informações sobre a situação do subsolo do Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado), Terminal Tietê e Novotel.


Os três estão localizados na zona norte, próximos ao shopping Center Norte e o conjunto habitacional Cingapura --onde laudos da Cetesb detectaram risco de explosão por conta da presença do gás metano.


MEDIDAS


A Secretaria Municipal de Habitação informou ontem, por meio de nota, que as providências para garantir a segurança do Cingapura estão sendo tomadas desde 2009.


A pasta afirma que foi feito um exame pericial em todos os pisos do térreo em áreas fechadas do conjunto, nos dias 29 e 30 de setembro, assim como a implantação de instrumentos de medição diária em todos os apartamentos do térreo, na creche e em todas as caixas de passagem, conforme determinado em relatório da Cetesb.


A secretaria diz que autorizou na sexta-feira a contratação dos drenos que retirarão e monitorarão os gases no subsolo. A nota ainda afirma que o caso do Cingapura é diferente do Center Norte, pois o complexo residencial se encontra "à margem" do terreno contaminado, e não foi detectado vazamento de gás, segundo a prefeitura.

Palavras-chave: Cetesb; Gás; Remoção; Suspensão; Risco; Subsolo; Metano

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