Justiça pede quebra do sigilo de ex-executivos do BB
Decisão faz parte da investigação que apura se o desvio de verbas no mensalão teve atuação de outros gerentes além do ex-diretor de Marketing do banco, Henrique Pizzolato
A Justiça determinou a quebra do sigilo bancário de ex-dirigentes do Banco do Brasil e do Fundo Visanet. A decisão faz parte da investigação que apura se o desvio de verbas no mensalão teve atuação de outros gerentes além do ex-diretor de Marketing do banco Henrique Pizzolato, condenado pelo Supremo Tribunal Federal.
O inquérito, aberto pela Polícia Federal, aponta que o valor corrigido dos desvios no Banco do Brasil atingiu R$ 90 milhões. Como a Procuradoria-Geral da República considerou não ter, no momento da denúncia, provas suficientes contra outros dirigentes do banco, pediu a abertura de um novo inquérito.
A quebra de sigilo dos suspeitos foi pedida pela PF e determinada pelo Judiciário em junho. A apuração está sob responsabilidade da Justiça Federal do DF. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Nos últimos meses, a PF obteve dados bancários dos suspeitos, que agora passam por perícia. Um dos investigados é o ex-gerente-executivo de Propaganda do Banco do Brasil Cláudio de Castro Vasconcelos. Os suspeitos podem responder por crimes como peculato e corrupção. O Ministério Público Federal diz que, se ficar comprovada a participação dos suspeitos, pedirá à Justiça que devolvam recursos ao banco.
Segundo nota da assessoria de imprensa do Banco do Brasil, a instituição "colaborou com a apuração dos fatos e seguiu rigorosamente os procedimentos legais, inclusive os relativos ao sigilo bancário, para repasse de documentos e informações solicitados pela Justiça". A Cielo (atual nome do Fundo Visanet) informou, por meio de sua assessoria, que "desconhece os termos da referida solicitação investigação e, por esse motivo, não irá se pronunciar sobre o caso".