Justiça determina que metrô opere com capacidade máxima nos horários de pico em BH

Metrô de BH deverá evitar a paralisação que afeta 215 mil usuários, mesmo em meio à greve dos metroviários que pretendem reajuste salarial e beneficiário de 6%

Fonte: UOL

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O desembargador Marcus Moura Ferreira, 1º vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (3ª Região), determinou nesta segunda-feira (14) que o metrô de Belo Horizonte opere com a capacidade máxima nos horários de pico - 100% da capacidade operacional. Os metroviários entraram em greve hoje por tempo indeterminado e exigem reajuste de 6% nos vencimentos e nos benefícios. A paralisação afeta 215 mil usuários do metrô.


De acordo com a assessoria do tribunal, caso descumpram a ordem judicial, o sindicato da categoria deverá pagar multa diária de R$ 5 mil. O magistrado determinou que as composições circulem normalmente de segunda a sexta-feira, das 5h às 9h da manhã, e das 17h às 20h. Aos sábados, a circulação deverá ser feita integralmente das 5h30 às 9h.


O magistrado não se manifestou sobre como deverá ser a circulação do metrô fora desse horário. Ferreira ainda convocou representantes do sindicato dos empregados e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), estatal que controla o metrô na capital  mineira, para uma reunião na sede do tribunal, em Belo Horizonte, às 16h de hoje.


Em nota, a CBTU havia informado ter entrado com uma ação cautelar no Tribunal Regional do Trabalho pleiteando uma escala mínima “que minimize os efeitos da greve junto a população que utiliza o Metrô. A companhia aguarda manifestação do poder judiciário na expectativa de uma imediata convocação de audiência entre as partes”, trouxe informe divulgado pela estatal.


A presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Alda Lúcia Fernandes, informou que a entidade somente se posicionará sobre a determinação judicial após a reunião das 16h, na sede do Tribunal Regional do Trabalho, na capital mineira.  


Negociação salarial


De acordo com o Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), estatal administradora do metrô da capital mineira, não fez oferta de nenhum índice de reajuste.


Por sua vez, a companhia informou por meio de nota que as negociações salariais estão sendo feitas desde o início do ano e abrangem todas as praças onde a estatal atua. No entanto, o boletim não faz menção ao reajuste proposto pela companhia aos funcionários.


“As negociações salariais transcorrem desde o início do ano, quando foi instalada uma mesa permanente de negociação pela direção da CBTU e as diversas bases sindicais de metroviá rios e ferroviários que representam seus empregados, inclusive os de Belo Horizonte”, emitiu a CBTU.


Segundo o boletim, a decisão de paralisação dos metroviários mineiros já foi repassada à administração central da companhia. A BHTrans, empresa que gerencia o tráfego de veículos na capital, informou que não haverá esquema especial ou incremento nas viagens feitas pelos ônibus da capital. Os metroviários têm assembleia marcada para a tarde de hoje para avaliar os rumos do movimento grevista.


Prejuízo ao comércio


A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) informou que a paralisação do metrô representará prejuízo diário de R$ 4,3 milhões ao comércio da capital mineira. Segundo a entidade, muitos lojistas têm dificuldade em abris os estabelecimentos por conta da falta de funcionários que não conseguiram chegar ao trabalho.


Trafégo carregado


Por conta da greve dos metroviários, as principais vias de Belo Horizonte ficaram com o trânsito carregado na manhã desta segunda-feira. Segundo a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego de veículos na cidade, ainda não foi feito um levantamento sobre o incremento de carros nas ruas em razão da paralisação.


Por volta de 14h30, a situação era menos ruim nos principais corredores da capital mineira. Alguns desses locais já têm a fluidez prejudicada por causa de obras visando os preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Belo Horizonte sediará jogos da competição.

Palavras-chave: Greve; Metrô; Capacidade; Funcionamento; Reajuste; Salário; Benefício; Paralisação

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