Justiça condena Netinho a pagar R$ 30 mil por agressão
Processo mostrou programa em que ele dá um soco no Repórter Vesgo. Após decisão em segunda instância, cabe recurso nos tribunais superiores.
Processo mostrou programa em que ele dá um soco no Repórter Vesgo. Após decisão em segunda instância, cabe recurso nos tribunais superiores.
A Justiça condenou o cantor e vereador (PC do B) Netinho de Paula a pagar R$ 30 mil por danos morais a Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo, do ?Pânico na TV?, da Rede TV!. A sentença se refere a uma agressão, em 2005, durante uma reportagem do humorista sobre o prêmio Raça Negra. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, a decisão foi confirmada em segunda instância e agora só cabe recurso nos tribunais superiores.
No decorrer do processo, as imagens do episódio foram exibidas, bem como a participação de Netinho no programa ?Sônia Abraão?, da Rede Record, no dia seguinte, falando do ocorrido. ?O réu no dia seguinte à agressão afirmou que havia agredido o autor e o agrediria novamente caso o encontrasse?, disse a juíza Maria Luiza de Oliveira na sentença, confirmada pelo desembargador Cleber Ghelfnstein , da 14ª Câmara Cível.
Netinho teria 'patologia psíquica', diz juíza
No documento, a magistrada afirma que Netinho ?agiu de forma imprevisível e brutal, deixando o autor atordoado e sem defesa. A violência desmotivada praticada contra o autor em rede nacional consistiu uma grave humilhação para o demandante, ferindo-o não apenas fisicamente, mas, sobretudo, psicologicamente pelo abalo a sua imagem profissional?.
A juíza pondera ainda que o ?Pânico na TV? ?peca por exagerar nas brincadeiras e piadas feitas quando os artistas são abordados e entrevistados. Entretanto, no caso em exame não houve qualquer brincadeira de mau gosto capaz de gerar no réu tamanho ódio a ponto de levá-lo a agredir covardemente o autor, e a continuar a ameaçá-lo em posteriores apresentações na televisão. A conduta do réu revela um descontrole que beira uma patologia psíquica, e um total destemor em relação às consequências de seus atos?.
O processo lembra ainda que, após ser agredido, Vesgo foi atendido numa clínica médica e registrou o episódio como lesão corporal na delegacia. Ele teria sofrido ainda sequelas da agressão por alguns dias, ?ficando com a audição prejudicada".