INSS convoca 1,6 milhão para revisar benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez

Revisão engloba benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Beneficiários serão convocados por meio de carta para fazer a perícia. médica.

Fonte: G1

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O INSS começou nesta quinta-feira (1º) a convocar os segurados para fazer revisão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez por meio de exames. Ao todo são 530 mil beneficiários com auxílio-doença e 1,1 milhão de aposentados por invalidez com idade inferior a 60 anos que passarão por avaliação.


Os beneficiários serão convocados por meio de carta para a realização da perícia médica. Após o recebimento da carta, terão cinco dias úteis para agendar a perícia, por meio da central de teleatendimento 135, segundo o Ministério da Previdência.


Critérios do 'pente-fino'


O agendamento e a convocação da revisão obedecerão a critérios como idade do segurado (da menor para a maior) e o tempo de manutenção do benefício (do maior para o menor). Assim, serão chamados primeiro os segurados mais jovens e que recebem o benefício há mais tempo.


Os primeiros 75 mil convocados são beneficiários de auxílio-doença que têm até 39 anos de idade e mais de dois anos de benefício sem passar por exame pericial.


Em entrevista ao G1 no mês passado, o presidente do INSS, Leonardo Gadelha, disse que o foco inicial será checar os cerca de 530 mil benefícios de auxílio-doença decorrentes de ordem judicial. "Essa primeira leva talvez possa ser revisada até o final do ano", afirmou.


O programa de "revisão de pagamento", anunciado em julho pelo governo busca fazer um "pente-fino" na situação de quem está recebendo o benefício há mais de dois anos.


De acordo com o governo, existem hoje 840 mil beneficiários de auxílios-doença e 3 milhões de aposentadoria por invalidez recebendo há mais de 2 anos. Por ano, o auxílio-doença gera uma despesa de R$ 1 bilhão. Já as aposentadorias por invalidez exigem gastos mensais de R$ 3,6 bilhões.


O INSS trabalha com uma possibilidade de reversão entre 15% e 20% para os benefícios de auxílio-doença. Caso esse número se confirme, o governo calcula que a economia para os cofres chegue a R$ 126 milhões por mês. O valor médio desses benefícios é de R$ 1.193,73.


Convocação será por lotes


Quem não atender ao chamado do INSS no prazo estabelecido terá o benefício suspenso. A reativação só ocorrerá mediante o comparecimento do beneficiário e o agendamento de nova perícia.


Para reforçar a convocação, também serão emitidos, a partir de novembro, avisos aos beneficiários por meio dos terminais eletrônicos das agências bancárias.


Nos casos de segurados com domicílio indefinido ou em localidades não atendidas pelos Correios, a convocação será feita por edital publicado em imprensa oficial.


Para facilitar a convocação, os beneficiários devem manter o endereço atualizado no INSS. A alteração pode ser realizada por meio da central de teleatendimento 135 ou pela internet (www.previdencia.gov.br).


Os beneficiários não precisam se antecipar à convocação e comparecer ao instituto antes de serem convocados. Para evitar filas desnecessárias e sobrecarga nas agências de atendimento, o INSS informa que organizou a revisão dos benefícios em lotes com critérios pré-definidos.


Peritos receberão extra


Aproximadamente 2,5 mil dos 4,2 mil peritos do quadro do INSS trabalharão nas perícias de revisão.


O perito poderá realizar até quatro perícias diárias referentes à revisão, que serão inseridas na agenda diária de trabalho já na primeira hora da jornada. As agendas já marcadas serão cumpridas de modo a não prejudicar os segurados agendados, segundo o INSS.


Cada perito que aderir ao programa receberá o pagamento de R$ 60 por procedimento extra, a ser realizado nesse público específico. Os peritos, porém, terão de continuar cumprindo sua cota diária e esse valor será pago por perícia adicional.

Palavras-chave: INSS Previdência Social Auxílio-Doença Aposentadoria por Invalidez Perícia Médica

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2 Comentários

Jesualdo Macena Menezes Economista02/09/2016 2:20 Responder

Esse tipo de estratégia é inteiramente INÓCUA. O que deve ser combatido no âmbito do INSS é a corrupção. O auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez JAMAIS foram concedidas com tranquilidade (a não ser nos casos atípicos e desonestos, coisas que os órgãos de controle parecem fazer "vistas grossas", em especial o TCU. Todo cidadão, minimamente informado, sabe que o histórico daquela autarquia (O INSS) é pautado nos desmandos administrativos ensejadores de contínuos e variados rombos financeiros. Os benefícios que o governo quer controlar de forma rigorosa só são concedidos quando, via de regra, o beneficiário já não possui condições de saúde compatíveis para o usufruto dos mesmos (geralmente NÃO consegue cobrir as despesas com medicamentos. Imagine, então, roupas e alimentação condizentes...O GOVERNO DESDENHA DESSE CONTINGENTE DE PESSOAS.... A comparação com o sistema previdenciário de outros países NÃO procede, pois no âmbito internacional dos países sérios, a aposentadoria é digna. Outra hipocrisia é falar de aumento da EXPECTATIVA de vida que NADA tem a ver com QUALIDADE vida. A operação está sendo denominada de "PENTE-FINO" e os "PERITOS RECEBERÃO EXTRA" para acelerar o processo. É de se imaginar o PERIGO que isso representa. O cidadão brasileiro aposentado no âmbito do RGPS (Regime Geral da Previdência Social) NÃO leva uma vida dIgna. Todos as soluções apontadas são de ordem eminentemente política. Os números mostrados NÃO são confiáveis. Impera o cerco à classe mais fragilizada e a retórica apocalíptica de que o SISTEMA não se sustenta a médio e longo prazos. TUDO FALACIOSO. O governo deveria investir seriamente e maciçamente na geração de oportunidades de emprego aos mais jovens. PARAR DE MENTIR (e agora eu estou me referindo ao atual) e carrear os recursos oriundos da ABSURDA CARGA TRIBUTÁRIA de forma a favorecer os mais desvalidos. O problema reside no GERENCIAMENTO. Quem preconiza o contrário está agindo de má-fé ou por ignorância.

Jesualdo Macena Menezes Economista02/09/2016 2:20 Responder

Esse tipo de estratégia é inteiramente INÓCUA. O que deve ser combatido no âmbito do INSS é a corrupção. O auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez JAMAIS foram concedidas com tranquilidade (a não ser nos casos atípicos e desonestos, coisas que os órgãos de controle parecem fazer "vistas grossas", em especial o TCU. Todo cidadão, minimamente informado, sabe que o histórico daquela autarquia (O INSS) é pautado nos desmandos administrativos ensejadores de contínuos e variados rombos financeiros. Os benefícios que o governo quer controlar de forma rigorosa só são concedidos quando, via de regra, o beneficiário já não possui condições de saúde compatíveis para o usufruto dos mesmos (geralmente NÃO consegue cobrir as despesas com medicamentos. Imagine, então, roupas e alimentação condizentes...O GOVERNO DESDENHA DESSE CONTINGENTE DE PESSOAS.... A comparação com o sistema previdenciário de outros países NÃO procede, pois no âmbito internacional dos países sérios, a aposentadoria é digna. Outra hipocrisia é falar de aumento da EXPECTATIVA de vida que NADA tem a ver com QUALIDADE vida. A operação está sendo denominada de "PENTE-FINO" e os "PERITOS RECEBERÃO EXTRA" para acelerar o processo. É de se imaginar o PERIGO que isso representa. O cidadão brasileiro aposentado no âmbito do RGPS (Regime Geral da Previdência Social) NÃO leva uma vida dIgna. Todos as soluções apontadas são de ordem eminentemente política. Os números mostrados NÃO são confiáveis. Impera o cerco à classe mais fragilizada e a retórica apocalíptica de que o SISTEMA não se sustenta a médio e longo prazos. TUDO FALACIOSO. O governo deveria investir seriamente e maciçamente na geração de oportunidades de emprego aos mais jovens. PARAR DE MENTIR (e agora eu estou me referindo ao atual) e carrear os recursos oriundos da ABSURDA CARGA TRIBUTÁRIA de forma a favorecer os mais desvalidos. O problema reside no GERENCIAMENTO. Quem preconiza o contrário está agindo de má-fé ou por ignorância.

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