GM é investigada por suspeita de esconder falha em chave de ignição de veículos

Quase 7 mi de carros foram recolhidos, que sabia do problema há uma década; 13 mortes foram associadas ao defeito

Fonte: Opera Mundi

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A montadora norte-americana General Motors está sendo investigada por supostamente ter escondido falhas de ignição em alguns de seus veículos ao longo da última década. O recall de 6,3 milhões de carros ao redor do mundo só começou nos últimos dois meses, apesar de a empresa já ter associado 13 mortes às falhas. A nova CEO da empresa, Mary Barra, depôs nesta terça-feira (1º/4) no Congresso dos EUA, mas afirmou ainda não ter uma razão para o atraso do recall.


Os modelos que sofrem recall não são vendidos no Brasil.


A GM declarou que alguns de seus engenheiros sabiam há quase uma década que os interruptores de ignição de alguns de seus carros poderiam se desligar de repente quando as chaves fossem agitadas, potencialmente prejudicando o funcionamento dos airbags. O recall, entretanto, só se iniciou em fevereiro.


Agora, a montadora enfrenta inúmeras investigações, incluindo uma criminal federal, que visa determinar por que a companhia não agiu mais cedo para consertar as chaves de ignição com defeito. Segundo o Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados norte-americana, os reguladores federais se recusaram duas vezes a abrir queixas formais sobre os carros e a GM rejeitou uma proposta de correção do problema em 2005 porque teria tomado muito tempo e custado muito caro.


Em seu depoimento escrito preparado para o Congresso, o qual foi liberado para a imprensa na segunda-feira (31/3), Barra diz que não pode explicar por que o recall demorou tanto tempo para começar, mas que a GM “vai descobrir”.


“Isso veio à tona sob a minha gestão, então sou responsável”, afirmou Barra ao Congresso. Ela está no cargo há menos de três meses. “A GM de hoje vai fazer a coisa certa”, garantiu. A CEO acrescentou ainda que “a GM tem responsabilidades civis e legais e estamos pensando agora em como balanceá-las”.


Nos últimos dias, receios de que a GM tenha ignorado avisos que levariam a um recall mais cedo têm crescido. O Comitê da Câmara, em reunião com os fabricantes das chaves de ignição, afirmou que os fornecedores lhe disseram em uma entrevista que a GM aceitou a peça em 2005, apesar de “não atender às suas especificações”.


Barra, ao ser questionada no Congresso sobre o porquê de uma companhia adquirir peças que não respeitem suas próprias especificações, disse que a resposta para essa pergunta deve ser descoberta na investigação. “Essa não é uma resposta aceitável”, replicou o deputado Joe Barton, do Texas.


Segundo Barra, se a GM tivesse consertado o defeito na ignição em 2007, o custo teria chegado a U$S 100 milhões, envolvendo cerca de 1,8 milhão de veículos. Pressionada a responder sobre qual seria o custo agora, a princípio a CEO disse que não poderia calculá-lo, mas, depois, admitiu que será bem maior do que no passado.

Palavras-chave: direito do consumidor fraude recall

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