Ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto fica calado e é vaiado em CPI dos Fundos de Pensão

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto ficou calado em depoimento à CPI dos Fundos de Pensão nesta quarta-feira (3) e recebeu vaias de um grupo de pensionistas desses fundos que assistiam à sessão

Fonte: Folha de S.Paulo

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Vaccari foi convocado para falar sobre suspeitas de tráfico de influência junto a fundos de empresas estatais para desvio de recursos, segundo delações e investigações da Operação Lava Jato. Atualmente ele está preso em Curitiba, sob suspeita de desvios em contratos da Petrobras para abastecer o PT.


Assegurado ao direito de silêncio por um habeas corpus preventivo, o ex-tesoureiro avisou logo em suas considerações iniciais: "Agradeço a oportunidade do tempo, mas exercerei o meu direito de ficar calado".


A sessão foi iniciada por volta das 13h. Estava prevista para a manhã, mas o voo que traria o ex-tesoureiro de Curitiba atrasou.


Vaccari foi questionado sobre as suspeitas de desvios nos fundos e sua relação com dirigentes dos fundos de pensão, mas não respondeu a nenhuma pergunta.


Também foi criticado pelos parlamentares. "Seu silêncio representa presunção de culpa", afirmou o presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB).


A sessão foi encerrada por volta das 16h, sem nenhuma resposta de Vaccari. Houve bate-boca entre petistas e deputados da oposição, que reclamaram de mau tratamento do tesoureiro pelos parlamentares.


Vaccari chegou a ser comparado com um "rato" e chamado de "bandido".


O relator da CPI, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), afirmou que Vaccari deve ser indiciado pela comissão no relatório final, que deve ser votado em março. "Temos indícios muito fortes da participação de Vaccari no desvio de recursos dos fundos para investimentos", disse em entrevista, após o fim da sessão.


A Folha apurou que o relatório final deve ter ao menos 25 indiciados, dentre eles dirigentes de fundos de pensão que participaram de negócios que causaram prejuízo.


JAQUES WAGNER


O presidente da CPI adiantou que colocará em votação no próximo dia 16, após o Carnaval, requerimentos para convocação do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.


O motivo dos requerimentos são as trocas de mensagens entre Wagner e Pinheiro na qual o empreiteiro pede ajuda a Wagner, à época governador da Bahia, para liberação de recursos da Funcef (fundo de pensão da Caixa Econômica Federal).

Palavras-chave: CPI dos "Fundos de Pensão" João Vaccari Neto Operação Lava Jato Petrobras

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