Ex-presidente do Comperj nega relação com refinaria que tem custo questionado pelo TCU

De acordo com Nilo Carvalho, ele foi nomeado presidente da empresa Comperj S.A., criada para negociar os ativos e os produtos petroquímicos, e não tinha a função de construir o Comperj

Fonte: Agência Câmara

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O ex-presidente do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) Nilo Carvalho Vieira Filho disse à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras que não teve relação com a construção do complexo nem com a refinaria que originalmente integrava o projeto – único do mundo, segundo ele, que previa uma refinaria para transformar o petróleo em diesel e um complexo petroquímico que transformaria o diesel em insumos como eteno e propeno, utilizados na indústria.

O custo do Comperj, estimado em 47 bilhões de dólares, foi questionado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Dois delatores investigados pela Operação Lava Jato, os empresários Júlio Camargo e Augusto Mendonça, da Toyo Setal, afirmaram que houve pagamento de propina na obra para os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque, e para o ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco.

Segundo o ex-presidente do Comperj, ele foi nomeado presidente da empresa Comperj S.A., criada para negociar os ativos e os produtos petroquímicos, e não tinha a função de construir o Comperj. “Havia uma gerência geral para a implantação do Comperj, ligada à Diretoria de Abastecimento, responsável por construir o Comperj”, explicou.

A declaração irritou o deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), sub-relator da CPI para investigação do superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil. “Eu fui lá várias vezes como deputado estatual do Rio de Janeiro e fui recebido pelo senhor. E o senhor diz agora que não tem relação com a obra?”, perguntou o deputado.

Vieira explicou que a ideia original, de integrar a refinaria com o complexo petroquímico, foi abandonada pela Petrobras em 2009 e, a partir daí, os dois setores do Comperj ficaram independentes. Segundo ele, a empresa Comperj S.A. foi extinta em 2013 e seus ativos incorporados à Petrobras.

“Mas eu não tive relação alguma com a construção”, disse. Ele apontou o engenheiro Jansen Ferreira da Silva, ex-gerente do Comperj, como encarregado da obra.

Ferreira ainda será ouvido pela CPI que continua reunida no plenário 6.

Palavras-chave: Petrobras CPI Operação Lava Jato Comperj Nilo Carvalho Vieira Filho

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