Ex-governador de Mato Grosso do Sul desiste de pensão

O ex-governador falou que sua aposentadoria "tinha legalidade, mas não aprovação social". "não me interessa receber dinheiro nessas circunstâncias."

Fonte: Folha Online

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O advogado Wilson Barbosa Martins (PMDB), 93, abdicou da aposentadoria de R$ 24 mil que recebia desde 1998 por ter governado Mato Grosso do Sul por duas vezes (1983-86 e 1995-98).


O pedido foi entregue na semana passada à chefia de gabinete do governador André Puccinelli (PMDB).


À Folha o ex-governador falou que sua aposentadoria "tinha legalidade, mas não aprovação social". "Não me interessa receber dinheiro nessas circunstâncias."


Questionado sobre o cancelamento ter sido feito quase 13 anos após o início dos pagamentos, Martins disse ter sido influenciado pela "leitura recente dos jornais".


Outros beneficiários da remuneração em Mato Grosso do Sul não pretendem seguir o exemplo de Martins.


Marcelo Miranda (PR), 72, governou em dois mandatos (1979-80 e 1987-91) e diz "não ver motivos" para cancelar.


A família de Pedro Pedrossian (PMN), 83, que recebe pensões como ex-governador de Mato Grosso (1966-71) e Mato Grosso do Sul (1980-82 e 1991-94), qualificou a atitude de "demagógica".


"Por que não o fez no primeiro mês que recebeu?", falou Rosa Pedrossian, filha do ex-governador.


O ex-governador Zeca do PT (1999-2006), que teve sua aposentadoria declarada inconstitucional pelo STF, disse que Martins "joga para a plateia".

Palavras-chave: Ex-governador; Aposentadoria; Legalidade; Aprovação Social

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1 Comentários

Robson Silva Consultor Jurídico23/02/2011 12:22 Responder

Têm razão os que criticam a \\\"renúncia\\\" do Sr. Barbosa Martins, por questão \\\"moral\\\", apesar de sua aposentadoria ter sido baseada em lei - casuística, mas lei. Agora,com a grita geral, vem demagogicamente dizer que não aceita mais as circunstâncias de sua polpuda remuneração. Ora, era tão imoral quando começou como o é agora. De outro lado, o Poder Legislativo de alguns Estados se utiliza do mesmo expediente para provisionar financeiramente a seus ex-parlamentares; há quem receba proventos integrais até por mandato eventual (como suplentes que eram), e que passaram a gozar de um direito que é negado a milhares de brasileiros necessitados, que têm suas pretensões de aposentação indeferidas pelo Sistema.

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