Ex-cabo da PM é condenado a 39 anos de prisão por morte de empresários

Sete dos oito acusados já foram julgadas pelo crime, que aconteceu em 2010; os empresários, envolvidos com estelionato e contrabando, foram sequestrados, roubados e assassinados com requintes de crueldade

Fonte: G1

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Foi condenado a 39 anos de prisão, nesta quarta-feira (17), o ex-cabo da Polícia Militar (PM)  A. L. B., acusado de participação nos assassinatos dos empresários R. dos S. R., de 38 anos, e F. F. M., de 31, mortos em abril de 2010. Além dele, outras sete pessoas são acusadas de envolvimento nos assassinatos. 

O júri teve início às 9h e no início desta tarde os jurados se reuniram para tomar uma decisão. As dez testemunhas arroladas foram dispensadas. A sessão foi presidida pelo juiz Leonardo Machado Cardoso do 2º Tribunal do Júri. Por fim, o júri decidiu pela condenação a 39 anos sob regime fechado, porém, absolveu o militar do crime de sequestro. 

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, os acusados F. F., A. G., A. L., R. M., S. B., L. A., G. C. e o o policial A. B., sequestraram e extorquiram os dois empresários.

Consta ainda na denúncia que os empresários estavam envolvidos em estelionato e atividades de contrabando de mercadorias importadas, mantendo em seus nomes várias contas bancárias, de onde eram movimentadas grandes quantias em dinheiro. As atividades deles chegaram ao conhecimento de F., um dos acusados, que passou a manifestar o desejo de extorqui-los.

Após o sequestro, o bando fez saques e transferências de valores das contas das vítimas antes de matá-las. O grupo arrancou a cabeça e os dedos das vítimas, visando dificultar a identificação, e transportou os corpos no porta-malas do carro de uma das vítimas e os jogaram em um local ermo. 

Cientes dos planos de F., os demais denunciados participaram e colaboraram com os crimes. F. F. está preso suspeito de chefiar o bando. Um dia depois do duplo homicídio, os corpos foram localizados em uma mata de Nova Lima, na região metropolitana. As cabeças e os dedos das vítimas continuam desaparecidos. No dia seguinte, de acordo com a acusação, os réus se reuniram para limpar o apartamento. 

Outras condenações

O ex-policial militar era o último dos acusados do crime a ir a júri popular, já que o advogado Luiz Astolfo Sales Bueno é o único que ainda não foi julgado, por ter entrado com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

F. F., cabeça do bando, foi condenado a 39 anos de reclusão por homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado. Ele ainda foi condenado por extorsão, destruição e ocultação dos cadáveres e formação de quadrilha. Segundo a acusação, Flores sequestrou, extorquiu e matou os empresários com a ajuda de sete pessoas. 

Além de F., o ex-policial R. M. foi condenado a 59 anos de reclusão em regime fechado, em dezembro de 2011. O estudante de direito A. L. também foi condenado a 44 anos de prisão, em julho de 2013. O garçom norte-americano A. G. G. foi condenado a 30 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha.

O pastor S. E. B. também foi condenado. Ele pegou três anos de reclusão em regime aberto por destruição, ocultação de cadáver e formação de quadrilha. A médica G. C. foi condenada a 46 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado por formação de quadrilha, extorsão, cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e por destruição e ocultação de cadáver.

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