Estado exonera vice-presidente da Feema

RIO - A governadora Rosinha Matheus publica nesta sexta-feira em Diário Oficial a exoneração de dois integrantes da Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente (Feema), órgão que vem sendo investigado pelo Ministério Público por suspeitas de corrupção.

Fonte: O Globo

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RIO - A governadora Rosinha Matheus publica nesta sexta-feira em Diário Oficial a exoneração de dois integrantes da Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente (Feema), órgão que vem sendo investigado pelo Ministério Público por suspeitas de corrupção. São elas a vice-presidente do órgão, Tânia Maria Parucker Araújo Penna, e a diretora da Coordenadoria das Agências Regionais da Diretoria de Controle Ambiental, Glória Maria Alvares Nery. A decisão já é válida a partir desta sexta-feira.

Na quinta-feira, o promotor Vinicius Cavalleiro afirmou que nove pessoas vinculadas à Feema são citadas nas gravações feitas pela Polícia Federal para a operação Poeira no Asfalto, mas entre elas, disse ele, não estava incluída a ex-presidente do órgão Isaura Fraga, atual secretária estadual de Meio Ambiente. Entre essas nove pessoas, ainda segundo o promotor, estavam a atual presidente, Elizabeth Lima; a vice-presidente, Tânia Maria Parucker Araujo Penna; e a coordenadora das Agências Regionais, identificada apenas pelo primeiro nome, Glória.

Documentos a que o jornal 'Globo' teve acesso com exclusividade revelam que os grampos da operação Poeira no Asfalto, da Polícia Federal, contra a máfia dos combustíveis, passam um pente-fino nunca antes realizado na Feema. E mostram que o esquema de corrupção pode chegar à cúpula do órgão ambiental. Nos diálogos, funcionários e prestadores de serviços da empresa negociam licenças ambientais ou a retirada de multas por valores que variam de um simples cala-boca (quantia pequena em dinheiro para agradar a um funcionário de escalão mais baixo) a propinas entre R$ 3 mil e R$ 10 mil, além da oferta de carro.

Os principais diálogos monitorados são travados entre Sandro Domingues, motorista de caminhão, funcionário da prefeitura de Duque de Caxias que, segundo a PF, estaria cedido à Feema (que nega o vínculo); Thélio Moreira da Costa Lima, químico; e Joseléa Borges de Oliveira, identificada pela PF como auxiliar de Fazenda. Todos foram presos. Na denúncia entregue à Justiça pelo Ministério Público, Sandro aparece como um dos principais articuladores do esquema, por ser polivalente ao ponto de negociar licenças para liberar postos de gasolina, fazer contato com traficantes procurados no Rio e ainda negociar tráfico de armas com um oficial do Exército.

Também é acentuado que Sandro e Thélio demonstram ter bom trânsito na presidência da Feema - responsável única pela assinatura das licenças prévia, de instalação e de operação concedidas pelo órgão. Como a presidência da Feema e a própria presidente do órgão, Elizabeth Cristina da Rocha Lima, são citadas em vários diálogos, os promotores afirmam, na ação, que ela poderia estar ligada ao grupo.

Segundo o promotor Vinicius Cavalleiro, a investigação começou pelas 29 empresas que foram citadas nos grampos feitos pela PF, mas, ressaltou ele, o trabalho está apenas no início: nada impede que outras empresas sejam investigadas, se houver indício de irregularidades. A princípio, as investigações do MP estadual vão ser centradas nos três funcionários já presos. Mas há a possibilidade de que todos os funcionários sejam investigados.

- Estamos apenas engatinhando. Sequer conseguimos encontrar todos os processos relativos às empresas citadas. Há muita coisa a ser investigada - afirmou Cavalleiro

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