Especialista explica como as novas regras de liquidez da Anbima impactarão o mercado

Medida se aplica apenas aos Fundos de Investimento regulamentados pela Instrução CVM 555, e traz benefícios diretos ao investidor, entre eles segurança e tranquilidade em momentos de iliquidez.

Fonte: Luan Fino

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Reprodução: Pixabay.com

São Paulo, 1 de dezembro de 2021. Entra em vigor hoje (1)  as novas regras de gestão de liquidez de fundos propostas pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que fazem parte do Código de Administração de Recursos de Terceiros. Segundo a entidade, “as alterações buscam dar mais clareza aos papéis dos administradores e gestores e privilegiam a implementação de métricas e controles mais aderentes à liquidez dos ativos e comportamento dos passivos. Elas substituem  a antiga deliberação nº 67 e o mercado terá seis meses para se adaptar às mudanças.


A nova métrica se aplica apenas aos Fundos de Investimento regulamentados pela Instrução CVM 555, que são os fundos para quem busca retorno por meio de investimentos em ativos e derivativos, sem compromisso de manter limites mínimo ou máximo de alocação.


Segundo Luan Fino, Gestor de Risco da BRITech, wealthtech com soluções para o setor de gestão de ativos, a pandemia foi uma das catalisadoras para que essas ações fossem antecipadas. “Há um bom tempo a Anbima vinha trabalhando para melhorar e oferecer maior robustez às métricas de cálculo de liquidez da indústria de fundos. No entanto, por conta da Covid-19, isto se demonstrou cada vez mais importante e latente, trazendo ainda a mais à tona a necessidade de haver os controles mais robustos de liquidez”, explica.


A entidade trouxe inúmeras alterações e ajustes na metodologia de cálculo de liquidez, no entanto,  o especialista destaca três pontos importantes: 


Os Fatores de Liquidez 1 e 2 (FLIQ1 e FLIQ2) não serão mais utilizados no cálculo de liquidez de créditos privados,  debêntures, letras financeiras etc.;


Será possível observar o volume médio de negociação dos ativos de crédito privado, inclusive, se disponível, do mercado secundário;


A Anbima trará uma nova matriz de probabilidade de resgate, que leva em conta o público-alvo e a classe de investimento dos fundos para estimar os resgates percentuais em uma determinada janela de tempo.


Para Fino, com essas alterações, o mercado será beneficiado com uma maior assertividade e precisão nos números na parte do ativo e, também, maior robustez no método de projeção de saques em um determinado horizonte de tempo. Ainda de acordo com o Gestor de Risco da BRITech, agora os gestores terão uma visão muito mais clara e detalhada do descasamento do seu ativo versus passivo e, com isto, será possível tomar decisões mais assertivas na exposição e concentração do seu portfólio. Como resultado, os momentos de incerteza e indecisão poderão ser mapeados e antecipados por meios destes estudos.


Não apenas os gestores serão beneficiados com essas alterações, mas também o investidor final que, em muitos casos, são da natureza de pessoa física. “Desta forma teremos como consequência benefícios diretos ao investidor, trazendo segurança e tranquilidade em momentos de iliquidez”, completa o especialista.


Por mais que a nova métrica seja voltada apenas aos Fundos de Investimento regulamentados pela Instrução CVM 555, a Anbima já sinalizou que, em uma segunda versão do estudo, irá propor um acompanhamento mais detalhado para o restante da indústria de fundos.


Sobre a BRITech - A BRITech é uma wealthtech com soluções SaaS para o ecossistema de gestão de investimentos. Presente em 22 países, a empresa possui mais de 350 clientes e sua plataforma tem R$ 1 trilhão de ativos sob controle, colaborando diretamente com a transformação da cadeia de investimentos e o modelo de negócios de gestão de ativos. Para isso, a BRITech fornece um sistema exclusivo que gerencia todas as informações essenciais para todo o ecossistema de gestão de investimentos, oferecendo soluções para distribuição de fundos, controle de carteiras, espelhamento de fundos, riscos de liquidez e mercado, compliance e terceirização de backoffice, entre outros.

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