Entidades reagem a declarações polêmicas sobre atuação de juízes

A declaração de que a Justiça esconde bandidos atrás das togas, atribuída à corregedora-geral de Justiça, Eliana Calmon, gerou manifestações em órgãos e entidades ligadas à Justiça

Fonte: Agência Brasil

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O comentário polêmico foi publicado na edição de ontem (27) do jornal Folha de S.Paulo e retirado de entrevista concedida pela corregedora à Associação Paulista de Jornais.


Mais cedo, o próprio CNJ divulgou uma nota em que classificou as declarações de “levianas”. O texto, assinado por 12 conselheiros, foi lido pelo presidente do órgão, ministro Cezar Peluso, em sessão plenária do colegiado.


O tom de repúdio está em nota divulgada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Para os ministros do TST, os desvios pontuais por parte de magistrados têm sido punidos pelos tribunais locais e pelo próprio CNJ. Eles alegaram que sentem “desconforto e constrangimento pela ofensa graciosa e inominada à honradez de todos os magistrados brasileiros”.


Já a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) defenderam a atuação correicional do CNJ, mas não comentaram as declarações da corregedora nacional de Justiça.


Autora de ação que contesta a constitucionalidade do poder correicional do CNJ, a Associação dos Magistrados de Brasília (AMB) também divulgou nota de repúdio às declarações de Eliana Calmon, depois que o presidente da entidade, Nelson Calandra, concedeu entrevista coletiva em que comentou o caso.


“Não pretendemos cercear ou esvaziar os poderes do CNJ, mas não aceitamos ser amordaçados. Os magistrados, como quaisquer outros cidadãos, têm o direito de questionar e acionar a Justiça, quando julgarem que sua independência e prerrogativas estejam sendo ameaçadas”, disse Calandra.


Para a OAB, a ação da AMB pode fazer com que se volte à “caixa preta do Judiciário”. Já a Anamatra pede que os juízes possam eleger seus representantes no CNJ.


Eliana Calmon não quis se manifestar sobre o caso, mas pessoas próximas a ela garantem que a corregedora está tranquila e que não tem receio de ser interpelada para dar explicações, uma vez que essa não é a primeira vez que isso ocorreria em razão de seu estilo “autêntico” de manifestar suas preocupações.

 

Palavras-chave: Magistratura; Declaração; Polêmica; Atuação; Entidades; Corregedora

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4 Comentários

Gilberto sua profissão29/09/2011 11:20 Responder

Na minha terra costumamos chamar de corporativismo os esperneios daqueles que se manifestam contrariamente aos alertas feitos pela Ilustre Ministra Eliana Calmon.

valeria advogada29/09/2011 14:00 Responder

parabens a declaração da ministra, que com muita propriedade manifestou a realidade em que vivemos. Sou advogada e estou vendo o que ela denunciou. PARABENS.

wilma advogada -29/09/2011 16:29 Responder

Para o bem, não só do Judiciário, como do nosso país, essa denúncia não pode passar em branco. A ilustre Ministra ,de notária honradez e alto senso de justiça, jamais iria incorrer numa afirmação que constitui crime, se não tivesse razão, prova mesmo dos fatos. Porem é preciso que ,não só a Ministra -Corregedora denunciante, como os demais integrantes daquele òrgao tenham resguardadas suas integridades FÍSICAS, através de seguranças.por pessoas idôneas. Não é absurda a possibilidade de um \\\"CALA BOCA DEFINITIVO\\\" . pois já tivemos experiencia, bem recente, com um membro tambem da magistratura. \\\"-Mutatis mutandis\\\" .A denúncia é MUITO SÉRIA, DE GRANDE REPERCUSSÃO,.ESSES ATOS QUE CONSTITUEM CRIMES SÉRÍSSIMOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO VEEM SE REPETINDO ,NOS PODERES DE NOSSO PAÍS. MAS EM SE TRATANDO DO JUDICIÁRIO AS CONSEQUENCIAS ^,GERAM UMA INTRANQUILIDADE DE CUNHO MAIS DESASTROSO ,CONSEQUENTEMENTE INTOLERÁVEL ,QUE RECLAMAM PROVIDENCIAS SANEADORAS, EM CARATER DE URGENCIA. PASMEM OS CEUS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

REGINA advogada30/09/2011 11:45 Responder

É uma pena que tudo vai acabar em pizza, pois apesar das declarações de uma personalidade importante no judiciário, ela é apenas uma contra milhares de bandidos de toga. No judiciário temos de tudo o que se possa imaginar: bandidos, preguiçosos, presunçosos, egoistas, loucos, que pouco se importam com a justiça. QUEM ENTRA NO JUDICIÁRIO ENTRA PARA GANHAR UM BOM SALÁRIO E TER STATUS E NAO PARA TRABALHAR. A última coisa que eles pensam é trabalhar. Julgar com justiça? Só se tiver vontade. Se acorda sem vontade de julgar, o cabloco injustiçado pode esperar a boa vontade do ilustre magistrado.

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