'É ridícula a acusação' do pedido de impeachment, isso é golpe, diz presidente Dilma Rousseff

Presidente voltou a chamar processo de "eleição indireta" e "golpe"

Fonte: Uol.com.br

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A presidente Dilma Rousseff criticou nesta sexta-feira (29) o que chamou de "meias-verdades" da oposição no processo movido para seu impeachment e chamou de "golpe coberto pelo manto do impeachment" as justificativas do pedido de impeachment, baseado, entre outros fatos, nas chamadas pedaladas fiscais.


"É ridícula a acusação", disse Dilma Rousseff. "Há, de fato, um processo em curso. E esse processo tem nome: este processo é golpe. É golpe porque não se trata de um processo de impeachment. Trata-se na verdade de uma eleição indireta, coberta pelo manto do impeachment, feita por aqueles que não tiveram votos nas urnas nas eleições de 2014, que deram a mim a 54 milhões de votos e também aos 115 [milhões de pessoas] que saíram de casa e foram lá votar", acrescentou.


As declarações foram dadas durante evento no Palácio do Planalto no qual a presidente assinou uma Medida Provisória que prorroga por três anos o prazo para que profissionais estrangeiros possam trabalhar no Brasil sem a validação do diploma pelo programa Mais Médicos. A MP foi chamada informalmente pela presidente de "Mais Médicos Ponto 2".


Segundo Dilma, embora a Constituição Federal de 1988 preveja o impeachment para derrubar um presidente da República, isso exige um crime de responsabilidade. A presidente, mais uma vez, defendeu não ter cometido tais crimes na emissão de seis decretos de suplementação orçamentária.


"Ao falar dessa Constituição, a Constituição cidadã, a nossa Constituição de 1988, eu queria mais uma vez me referir às meias-verdades. Dizem que o impeachment está previsto na Constituição. Isso é uma meia-verdade. Mas não dizem que, para haver processo de impeachment em um regime presidencialista, é necessário haver crime de responsabilidade. Se não houver crime de responsabilidade, o processo é um golpe."


"Os atos dos quais me acusam foram cometidos [também] pelos governos que me antecederam. Nenhum desses atos foi considerado criminoso pelos governos que me antecederam. Nem em um dos meus governos, em 2011, 2012, 2013. Qual desses atos? De ter contas no exterior? Eu não tenho contas no exterior. De ter cometido irregularidade com o dinheiro público? Eu não os fiz", completou, fazendo referência às acusações que pesam contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Palavras-chave: Impeachment Dilma Rousseff CF "Pedaladas Fiscais" Eleição Indireta

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