Deputado protocola no STF manifesto por Justiça igualitária para ricos e pobres

Pedimos uma justiça equânime, para todos, que não discrimine quem quer que seja. Às vezes, para os menos abonados, a Justiça tarda e falha. Isso nós não queremos, afirmou Alencar.

Fonte: Agência Brasil

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O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) protocolou hoje (16) no Supremo Tribunal Federal (STF) um manifesto popular (abaixo assinado), com cerca de 600 assinaturas de moradores do centro do Rio de Janeiro. O texto cobra dos ministros da Corte um tratamento igualitário do Poder Judiciário, para ricos e pobres.

?Pedimos uma justiça equânime, para todos, que não discrimine quem quer que seja. Às vezes, para os menos abonados, a Justiça tarda e falha. Isso nós não queremos?, afirmou Alencar.

A iniciativa foi motivada pelas recentes decisões do presidente do STF, Gilmar Mendes, de conceder por duas vezes, na semana passada, habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas, investigado por crimes financeiros na Operação Satiagraha, da Polícia Federal. Alencar diz esperar que seu gesto incentive uma mudança de postura dos ministros, ao analisarem futuros pedidos de liberdade dos investigados.

?A gente espera uma sensibilidade maior e apoio às investigações. Os eventuais abusos da PF são um questão lateral. O essencial é a investigação, gravações que mostraram um esquema de corrupção inaceitável. Que se verifique bem se, para andamento das investigações, é viável a liberdade da pessoa, até pelo poder de convencimento através de métodos heterodoxos. No nosso país vemos exemplos de que quem tem muitos recursos, uma vez em liberdade, consegue abafar as investigações?, disse Alencar.

O deputado também encaminhou ao ministro da Justiça, Tarso Genro, um requerimento de informações, em que solicita esclarecimentos sobre o afastamento dos delegados da Polícia Federal Protógenes Queiroz, Carlos Pellegrini e Karina Souza, do comando da Operação Satiagraha.

?É estranho [o afastamento dos delegados] e gera suspeição. Fiquei espantado. A pergunta central é: será se, a essa altura das investigações, o gesto não atrapalha? Pressões estão sendo atendidas??, questionou Alencar.

Palavras-chave: justiça

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5 Comentários

TECIO Outras17/07/2008 4:49 Responder

Concerteza, nobre Dep C.Alencar, pois com é de conhecimento de todos os brasileiros: que quando alguma Autoridade quer fazer a coisa certa, dentro da lei, logo ‘vão’ encontrar uma outra função para aquele, e dão até ‘famosa’ aposentaria compusória para a tal autoridade, que quis ‘desbatar as baratas (que são muitas), da corrupção’ nesse nosso país ‘tupiniquim’!!!

Joaquim Teles da Silva Estudande17/07/2008 10:52 Responder

É desesperador pra grande maioria dos brasileiros ouvir de um Ministro da Suprema corte que reamente quem tem dinheiro pode pagar bons advogados e com isso fazer que a justiça seja feita com rapidez. Isso só mostra que a grande maioria dos brasileiros não existem. Que justiça é essa?...seria a justiça do talão de cheques?... como disse o dono do Pallace II.

WALTAMIR LEOCADIO DA SILVA Advogado17/07/2008 11:37 Responder

Não comungo com o Deputado que protocolou o Manifesto no STF, nem com seu Partido Político, porque não sou radical. Mas, nesta matéria, "radicalizo-me" com ele!

kassia maria silva estudante17/07/2008 12:28 Responder

Parabens, Dep., é louvável a sua conduta, pois, esta mais que demosntrado que quando de tem dinheiro neste pais, rasga-se até a constituição pelo Tribunal responsável pela sua salvaguarda. A prisão de D. Dantas foi decretada por JUIZ de primeira instancia e o STF não é competente para revogar o decreto de prisão, quado isto ocorre com pessoas normais, o que com certeza não é o caso do MILHIONARIO D. Danta, neste caso o STF, através de seu presidente incluiu mais uma competencia não prevista na Constituição ao Supremo - a somente para milhonarios - para os probres aguardem a tramitação looooonga dos processos judiciais.

ricardo funcionario publico17/07/2008 16:55 Responder

acredito que o juiz que decretou a prisão do banqueiro não é corrupto, pois se o fosse a logica seria a não decretação da prisão. se o juiz é integro a prisão foi decretada porque ele viu motivo para isto, amparado por lei em vigor. colocar culpados na rua incentiva a corrupção, que gera aumento de impostos e aumenta o custo de vida, ou seja eu pago a conta quando algum ministro incentiva o crime

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