Advogados do deputado João Batista pedem liberação dos R$ 10 mi apreendidos
Os advogados do deputado e presidente nacional da Igreja Universal do Reino de Deus, João Batista (sem partido-SP), entraram nesta quarta-feira com liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF), para tentar liberar os R$ 10,202 milhões apreendidos pela Polícia Federal.
Na segunda-feira, João Batista foi autuado em flagrante, no aeroporto de Brasília, transportando o dinheiro, em sete malas, em um avião particular para Goiânia. Por causa do alto valor, a polícia quer saber a origem e o destino desse dinheiro. Para o delegado responsável pelas investigações David Campos, é preciso saber se há indícios de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Como o deputado tem foro privilegiado, a polícia propôs nesta terça-feira ao STF a abertura de inquérito e aguarda posicionamento.
O PFL também cancelou a filiação de João Batista do partido. Na ocasião, o presidente do partido, Jorge Bornhausen, afirmou que a executiva entende que os atos praticados pelo deputado não são compatíveis com a atividade partidária. "Entendemos que o deputado, ao participar das ações da sua igreja, feriu atividades parlamentares exigidas pelo partido", disse.
João Batista afirma que todo o dinheiro é proveniente de dízimo pago pelos fiéis. De acordo com nota oficial da Igreja Universal, os R$ 10,202 milhões foram arrecadados no último sábado, quando se comemorou os 28 anos da Igreja.