Gedimar Passos afirmou à Polícia Federal que recebeu parte dos R$ 1,75 milhão de um petista de São Paulo para acordo com Vedoin

O advogado Gedimar Passos disse nesse sábado (16), em depoimento à Políca Federal, que o Diretório Estadual do PT em São Paulo forneceu parte do dinheiro que seria usado para a compra de documentos que supostamente comprometeriam o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, com a máfia das ambulâncias.

A informação foi confirmada por um representante da Polícia Federal em Cuiabá que pediu para não ser identificado. Um comunicado oficial da PF deverá ser divulgado nas próximas horas.

Gedimar foi preso em São Paulo ao lado de Valdebran Padilha da Silva com cerca de R$ 1,75 milhão que seriam usados para adquirir do empresário Luiz Antonio Vedoin fotos, documentos, uma fita de vídeo e um DVD com imagens de Serra, na época em que era ministro da Saúde, entregando ambulâncias em um galpão da Planam.

O advogado não forneceu o nome do representante do PT de São Paulo, mas teria feito uma descrição detalhada aos políciais. A revista IstoÉ trouxe uma entrevista com Luiz Antonio e o pai Darci Vedoin, sócios da Planam, na edição desta semana. Eles afirmam que na época em que o Ministério da Saúde era comandado por Serra, os recursos para a aquisição de ambulâncias superfaturadas saiam com maior agilidade.

Além de Gedimar e Valdebran, a Polícia Federal prendeu Paulo Trevisan, primo de Vedoin, no momento em que embarcava para São Paulo. Neste sábado, foi detido Paulo Dalcol Trevisan, tio de Luiz Antonio.