Advogada acusada de ligação com PCC é presa em Sumaré

Ela foi detida por uso de documentos falsos e também era foragida por tentativa de latrocínio em outra cidade

Fonte: Estadão.com.br

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Ela foi detida por uso de documentos falsos e também era foragida por tentativa de latrocínio em outra cidade

A advogada Adriana Telini Pedro, de 37 anos, foi presa na manhã desta sexta-feira, 20, em Sumaré, na região de Campinas, por uso de documentos falsos. Ela, que usava o nome de Zenilda Neves de Morais, também estava foragida havia mais de um ano, após mandado de prisão preventiva contra ela expedido pela Justiça de Franca, na região de Ribeirão Preto. Ela foi indiciada por tentativa de latrocínio e formação de quadrilha, depois de um roubo de joias (avaliadas em cerca de R$ 120 mil), em 21 de janeiro de 2008. Adriana é também investigada há quatro anos por associação ao tráfico e ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

O advogado de Adriana, Rui Engracia Garcia, disse que nos próximos dias irá encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido para que sua cliente tenha prisão domiciliar ou numa sala do Estado Maior (presídios de Forças Armadas). "É uma reclamação constitucional, pois isso está previsto no estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)", disse Garcia. Depois, ele entrará com pedido de habeas corpus para Adriana. "Ela não foi condenada em nenhum dos três processos", comenta o advogado.

A Polícia Civil de Franca investigava o paradeiro da advogada, que foi suspensa pela OAB, desde 3 de março do ano passado, quando saiu o mandado de prisão dela. Adriana tinha atraído um comerciante de joias ao seu escritório, em Franca, e três comparsas a ajudaram no roubo, incluindo o seu noivo, Luciano dos Santos Gonçalves, que está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Piracicaba. Mesmo foragida, ela teria visitado Gonçalves usando o documento falso.

Segundo o delegado Márcio Murari, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Franca, no início do mês foi solicitada a relação de visitantes de Gonçalves no presídio. Com um nome com dados falsos chegou-se ao endereço de Adriana, no Jardim Bom Retiro, em Sumaré. Dois policiais militares foram à residência e, às 8h55 desta sexta, localizaram Adriana, que estava com uma empregada (esta a conhecia mesmo por Adriana, mas sem informações sobre o seu passado).

"Ela usava o documento falso porque sabia que estava sendo procurada", disse o PM Leandro Oliveira. Logo após o início da conversa, Adriana não sustentou a farsa. Os documentos originais dela estariam na casa de uma amiga, mas o endereço não foi informado à PM. Ela foi levada ao 5.º DP de Sumaré e depois transferida para Franca. Em 2005, escutas telefônicas autorizadas pela Justiça levaram a polícia a descobrir que a advogada passava informações de seus clientes a criminosos, ligados ao PCC, para assaltos.

Palavras-chave: PCC

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