O Tribunal do Júri de Brasília condenou F. S. S. R. a 24 anos de prisão por dois homicídios triplamente qualificados por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa das vítimas e perigo comum (colocar em risco a vida de outras pessoas).

O crime ocorreu em abril de 2017 no Setor Habitacional Jardins Mangueiral. D. B. B. e D. A. S. estavam em uma festa quando perceberam que o celular de D. havia sido furtado. Eles saíram do local de carro e encontraram um grupo de pessoas que havia estado no mesmo evento.

Ao questionar o grupo sobre o celular, os dois foram agredidos. Quando sentaram em um bloco de concreto para se recuperar da briga, F., de forma repentina, pegou o carro em que os dois haviam chegado e partiu em alta velocidade para cima deles. Os dois não resistiram aos ferimentos.

Para o juiz, a culpabilidade do réu fugiu à normalidade, pois, mesmo ciente de seus deveres morais e legais, em especial o de não conduzir veículo automotor sem a devida habilitação, sob o efeito de substância entorpecente e ainda com velocidade excessiva para o loca, subtraiu um veículo e o utilizou para a prática de um crime hediondo, praticando os fatos quando as vítimas já haviam sido subjugadas e agredidas por diversas pessoas, o que demonstrou extrema covardia. O magistrado ressaltou, ainda, que o fato colocou em risco a vida de outras pessoas.

Por esses motivos, o juiz entendeu que F. demonstrou total incapacidade para conduzir um veículo automotor e aplicou ao acusado a proibição de obter a permissão/habilitação até o cumprimento da pena, que será em regime fechado, considerando que o crime é hediondo.

F. respondeu ao processo preso preventivamente e não poderá recorrer da sentença em liberdade.

Processo: 2018.01.1.000314-2